"O plano apresentado ontem [na terça-feira] pelo Presidente [norte-americano, Donald] Trump, é a verdadeira resposta ao dia 07 de outubro", defendeu Bezalel Smotrich, referindo-se ao ataque do movimento islamita Hamas a Israel, que desencadeou a guerra atualmente em cessar-fogo.
"Vamos agora trabalhar para enterrar definitivamente (...) a perigosa ideia de um Estado palestiniano", sublinhou numa mensagem divulgada nas redes sociais.
Bezalel Smotrich é um dos membros da extrema-direita que faz parte da coligação governamental de Israel e um dos principais parceiros do primeiro-ministro.
Os membros da extrema-direita do Governo têm feito uma grande pressão sobre Benjamin Netanyahu para que o Estado abandone o acordo de cessar-fogo e retome os combates em Gaza para eliminar o Hamas.
Bezalel Smotrich prometeu, inclusive, derrubar o Governo se a guerra não for reiniciada, um passo que pode levar a eleições antecipadas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou querer que os Estados Unidos assumam o controlo da Faixa de Gaza depois de os palestinianos serem reinstalados noutros locais.
No final de um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Trump avançou que quer reconstruir aquela região e passar a controlar a zona, não excluindo a possibilidade de enviar tropas norte-americanas para a Faixa de Gaza.
Netanyahu considerou que "vale a pena tentar", afirmando tratar-se de uma ideia que "pode mudar a História".
Donald Trump já tinha sugerido que os palestinianos deslocados em Gaza fossem "reinstalados permanentemente" fora do território devastado pela guerra, nomeadamente no Egito e na Jordânia.
Smotrich, que é um colono nos territórios palestinianos ocupados e promotor da construção de mais colonatos na Cisjordânia ocupada, agradeceu a Trump citando um salmo da Bíblia nas redes sociais.
"Então dirão entre as nações: 'O Senhor fez grandes coisas por este povo, grandes coisas o Senhor fez por nós, estamos felizes'", escreveu.
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