A SPP tenciona honrar o seu contrato com a empresa de gás russa Gazprom, que expira em 2034, apesar das preocupações políticas.
"A guerra vai acabar um dia", disse o responsável pela empresa, Vojtech Ferencz, citado pelo diário Dennik.
A empresa insistiu que esta rota é mais económica do que comprar gás natural liquefeito ou depender do Azerbaijão. No entanto, explicou que o TurkStream, que também fornece gás a outros países europeus, não é suficiente para compensar o anterior fornecimento de gás russo através da Ucrânia.
Nesse sentido, Ferencz indicou que a empresa vai continuar a procurar alternativas adicionais, ainda que o abastecimento para 2025 e para os próximos anos esteja garantido.
A Ucrânia suspendeu, em 01 de janeiro, o transporte de gás natural russo através do seu território, tal como tinha avisado, no âmbito do fim do contrato.
O contrato de fornecimento de gás era uma fonte de receitas multimilionárias para a Rússia, que permitia à empresa Gazprom exportar para a Áustria, a Hungria, a Eslováquia e a Moldova, mas também significava cerca de 700 milhões de dólares (cerca de 672 milhões de euros) por ano para a Ucrânia.
A decisão foi explicada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa declaração feita em Bruxelas no dia 19 de novembro, quando afirmou recusar que a Rússia continua "a ganhar milhões" enquanto mantém uma política de agressão ao seu país.
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, acusou o Presidente ucraniano de "sabotar" a economia europeia e a da Eslováquia, uma vez que o seu país gerava quase 500 milhões de euros com o trânsito deste gás para o resto do continente.
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