China lamenta profundamente saída do Panamá da Iniciativa Faixa e Rota

A China afirmou hoje que "lamenta profundamente" a retirada do Panamá da Iniciativa Faixa e Rota, decidida após a visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ao país da América Central.

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Lusa
07/02/2025 09:03 ‧ há 3 horas por Lusa

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China

"Lamentamos profundamente o facto de o Panamá ter anunciado que não renova o memorando de entendimento com a China", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jean, em conferência de imprensa.

 

"A China opõe-se firmemente ao uso de pressão e coerção por parte dos Estados Unidos para denegrir e minar a cooperação" no âmbito desta iniciativa, acrescentou.

A Iniciativa Faixa e Rota inclui a construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas, criando novas rotas comerciais entre o leste da Ásia e Europa, África ou América Latina.

Designado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, como o "projeto do século", em 2013, a Iniciativa Faixa e Rota foi inicialmente apresentada no Cazaquistão como um novo corredor económico para a Eurásia, inspirado na antiga Rota da Seda.

O projeto tornou-se, entretanto, no principal programa da política externa de Xi. Na última década, mais de 150 países em todo o mundo aderiram à Faixa e Rota.

O Presidente do Panamá, José Raul Mulino, anunciou oficialmente a retirada do seu país da iniciativa na quinta-feira. O anúncio foi feito alguns dias depois da visita de Marco Rubio, que teve como objetivo contrariar a influência chinesa sobre o Canal do Panamá, segundo Washington.

José Raul Mulino disse que a embaixada do Panamá em Pequim "apresentou o documento" para "anunciar a retirada com um pré-aviso de 90 dias", tal como acordado entre as partes.

Marco Rubio descreveu a decisão do Panamá como um "passo importante" para o reforço das relações com Washington.

Em causa estão as preocupações norte-americanas com a influência da China sobre o Canal do Panamá.

As empresas de Hong Kong Landbridge Group e a CK Hutchison Holdings operam atualmente portos em ambas as extremidades do canal. Esta presença suscita preocupações quanto à possibilidade de dupla utilização civil e militar e manobras estratégicas, face à presença cada vez mais profunda do país asiático na América Latina.

"Esperamos que o Panamá, tendo em conta a situação geral das relações bilaterais e os interesses a longo prazo dos nossos dois povos, exclua a interferência externa e tome a decisão correta", afirmou Lin Jian.

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