Egito com "intensos contactos" para rejeitar plano Trump sobre Gaza

O Egito iniciou hoje "intensos contactos" com outros países árabes e de maioria muçulmana para "rejeitar qualquer medida que vise deslocar o povo palestiniano da sua terra", no âmbito do plano proposto pelo Presidente dos Estados Unidos.

Notícia

© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
07/02/2025 15:13 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros, Badr Abdelaty, manteve contactos com os seus homólogos da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Bahrein, Jordânia, Iraque, Argélia, Mauritânia, Tunísia e Sudão, com quem trocou "pontos de vista sobre a evolução da questão palestiniana", divulgou o seu gabinete em comunicado.

 

Nessas conversas foi sublinhada "a posição árabe sobre a questão palestiniana, que rejeita quaisquer medidas destinadas a deslocar o povo palestiniano da sua terra ou a encorajar a sua transferência para outros países fora dos territórios palestinianos", depois de Donald Trump ter proposto este cenário.

"Estas perceções e ideias representam uma violação flagrante do direito internacional, uma violação dos direitos palestinianos, uma ameaça à segurança e estabilidade na região e um enfraquecimento das possibilidades de paz e coexistência entre os seus povos", acrescentou a nota da diplomacia egípcia.

Segundo Abdelaty, houve um consenso sobre "a necessidade de lutar por uma solução política permanente e justa para a questão palestiniana através da única via prática, que é o estabelecimento de um Estado palestiniano independente" com Jerusalém Oriental como capital.

Foram também recordados os esforços do Egito para garantir o cumprimento do acordo de cessar-fogo em Gaza - no qual é mediador juntamente com o Qatar e os Estados Unidos - e a sua implementação em três fases, incluindo a entrada de ajuda humanitária e a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.

Na última semana, o Egito e a Jordânia, assim como outros países árabes e parte da comunidade internacional, condenaram e rejeitaram o plano de Trump de deslocar a população palestiniana das suas terras, algo que o norte-americano disse que permitiria aos habitantes de Gaza "serem felizes, seguros e livres".

A guerra em Gaza começou após o ataque do Hamas contra Israel no dia 07 de outubro de 2023 e que fez 1.200 mortos e 250 reféns.

A resposta militar de Israel fez pelo menos 47 mil mortos, de acordo com os islamitas palestinianos do Hamas. 

Leia Também: Saída de palestinianos? Egito alerta para "consequências catastróficas"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas