"Traga todos". Antigo refém pede a Netanyahu libertação da família

O israelo-argentino Yarden Bibas, libertado em 1 de fevereiro após mais de 15 meses como refém do Hamas, pediu hoje ao primeiro-ministro de Israel para recuperar a mulher e os dois filhos, ainda detidos na Faixa de Gaza.

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© Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Lusa
07/02/2025 19:56 ‧ há 2 horas por Lusa

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"Primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu, dirijo-me agora a si com as minhas próprias palavras, que ninguém me ditou: traga a minha família de volta. Traga os meus amigos de volta. Traga todos para casa", apelou Bibas, na sua primeira declaração aos jornalistas desde que foi posto em liberdade pelo grupo islamita palestiniano.

 

Em comunicado, Bibas refere-se à mulher Shiri, também argentina, e aos dois filhos, Kfir e Ariel, de 02 e 05 anos, respetivamente, que são dados como mortos, uma vez que o Hamas não os libertou nas primeiras quatro trocas de prisioneiros.

Bibas apelou ainda ao povo israelita para que continue a fazer "todos os possíveis" para garantir a libertação dos reféns e continue "a luta" até que o seu regresso seja realizado dentro do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Eu sabia que o povo de Israel se une em tempos de desastre, mas nunca soube até que ponto", relatando de seguida: "Contaram-me tudo o que fizeram por mim e pela minha família, e 'obrigado' não é suficiente para expressar a minha gratidão".

O ex-refém do Hamas deixou também palavras de agradecimento aos soldados israelitas, a quem chamou "heróis", mas lamentou que a sua família ainda não tenha regressado a casa.

"Eles ainda estão lá. A minha luz ainda está lá e enquanto eles lá estiverem, tudo aqui estará escuro. Graças a vocês eu voltei. Ajudem-me a trazer luz de volta à minha vida", apelou ainda.

Os nomes dos seus familiares estão entre os 33 reféns que serão libertados na primeira fase de 42 dias do cessar-fogo, dos quais oito estão mortos, segundo o Hamas, sem adiantar as identidades.

O facto de nem a sua mulher nem os seus dois filhos, incluindo Kfir --- o refém mais novo raptado, que tinha apenas 09 meses em outubro de 2023 --- ainda não terem sido libertados sugere que os três estão mortos.

Isso mesmo foi indicado em novembro de 2023 pelo braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qassam, que culparam Israel por os ter morto num bombardeamento.

A primeira fase do acordo entrou em vigor em 19 de janeiro e deverá permitir a libertação de 33 reféns em troca de mais de 1.900 palestinianos detidos por Israel e o reforço da ajuda humanitária ao território.

A segunda fase tem como objetivo a libertação dos últimos reféns e o fim definitivo das hostilidades.

Uma terceira fase, ainda incerta, deverá definir os termos da reconstrução da Faixa de Gaza e da sua governação no futuro.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala, que provocou mais de 47 mil mortos, na maioria civis, e a destruição da maioria das infraestruturas do enclave, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas desde 2007.

O conflito também provocou cerca de 1,9 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.

Leia Também: Israel vai libertar 183 prisioneiros no sábado em troca de três reféns

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