Alemanha diz que "fará tudo" para retomar expulsões de afegãos

A Alemanha "fará tudo" para retomar as expulsões de delinquentes afegãos para o Afeganistão, apesar da situação "muito difícil" neste país, afirmou hoje a ministra do Interior, após um atropelamento em Munique atribuído a um requerente de asilo afegão.

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© Tizian Gerbing/picture alliance via Getty Images

Lusa
13/02/2025 22:39 ‧ há 5 dias por Lusa

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"Aqueles que vêm ao nosso país e cometem crimes devem ser severamente punidos e depois deportados até mesmo para países difíceis", declarou Nancy Faeser numa conferência de imprensa no local do ataque, que fez, pelo menos, 30 feridos, alguns deles em estado grave.

 

"Devemos continuar o que começámos, nomeadamente, também as expulsões para o Afeganistão", acrescentou a ministra do Interior.

O acidente de viação que ocorreu hoje de manhã está a ser investigado como um possível atentado e alegado autor, um afegão de 24 anos, foi detido, acontecimento que ocorre dez dias antes das eleições de dia 23, em cuja campanha a imigração marca boa parte do debate.

O homem conduziu um carro contra uma manifestação sindical, na qual participavam cerca de 1.500 pessoas, numa praça perto do centro de Munique.

O carro aproximou-se do final da marcha, evitou os veículos da polícia e atropelou a multidão, segundo um porta-voz da polícia, que referiu que os agentes dispararam tiros e detiveram o condutor.

O primeiro-ministro da Baviera, o conservador Markus Söder, afirmou no local que, com base no 'modus operandi' as autoridades assumem que se trata de um ataque, cuja investigação foi assumida pela Central de Luta contra o Extremismo e o Terrorismo do Ministério Público de Munique.

O alegado autor do ataque teve o seu pedido de asilo rejeitado, mas, segundo as leis recentes, a sua presença na Alemanha foi "tolerada" porque encontrou um emprego, disse o presidente da Câmara de Munique, Dieter Reiter.

No final de agosto de 2024, a Alemanha expulsou 28 afegãos condenados pelos tribunais para Cabul, a primeira vez na Europa desde o regresso dos talibãs ao poder em 2021.

Depois do ataque a um grupo de crianças em Aschaffenburg (sul), no final de janeiro, também atribuído a um requerente de asilo afegão, o governo alemão já tinha afirmado que procurava "realizar outras expulsões de criminosos graves para o Afeganistão o mais rapidamente possível".

Estas operações são muito complexas enquanto a Alemanha não reconhece o poder dos talibãs e fechou a sua embaixada na capital afegã.

Leia Também: "A Alemanha tem um problema de racismo estrutural, de que somos vítimas"

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