Peltier foi libertado da prisão de alta segurança USP Coleman e tenciona regressar ao Dakota do Norte, onde está planeada uma celebração na quarta-feira com a família e amigos.
Biden comutou a pena de Peltier a 20 de janeiro, o seu último dia como Presidente dos Estados Unidos, tendo em conta que o ativista indígena passou a maior parte da sua vida na prisão e tem agora problemas de saúde.
Leonard Peltier foi condenado a prisão perpétua em 1977, por dois homicídios em primeiro grau, dos agentes do FBI (polícia federal norte-americana) Jack Coler e Ronald Williams, durante um confronto na reserva indígena de Pine Ridge, no Dakota do Sul.
Embora Peltier tenha admitido ter estado presente no dia 26 de julho de 1975 e ter disparado tiros durante o confronto, negou ter atingido mortalmente os agentes federais à queima-roupa.
Durante quase meio século, a prisão de Peltier simbolizou injustiças sistémicas para com os nativos americanos em todo o país, e a decisão de libertar o homem de 80 anos e de o transferir para prisão domiciliária foi celebrada por apoiantes.
Mas a decisão de última hora de Biden, quando estava prestes a deixar o cargo de chefe de Estado, irritou os agentes policiais que acreditam que ele é culpado. Responsáveis das forças de segurança, incluindo o antigo diretor do FBI, Christopher Wray, opuseram-se à comutação da pena.
Num comunicado sobre a comutação, Joe Biden disse que muitas pessoas e grupos defenderam a libertação de Peltier, devido ao tempo que passou na prisão, à sua idade e à sua "liderança na comunidade nativa americana".
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