Autarca brasileiro fingiu ataque para ser reeleito (mas perdeu na mesma)

O político de 72 anos foi atingido a tiro num ombro quando seguia num carro blindado e esteve internado numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) durante vários dias. 

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Notícias ao Minuto
18/02/2025 19:57 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

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José Aprígio da Silva, um autarca brasileiro do partido de Direita Podemos, foi alvo de uma alegada tentativa de homicídio no passado dia 18 de outubro de 2023, durante a campanha para a sua reeleição como presidente do município de Taboão da Serra, em São Paulo. No entanto, sabe-se agora que o ataque foi falso e teve como objetivo ganhar empatia entre os eleitores.

 

O político de 72 anos foi atingido a tiro num ombro quando seguia num carro blindado e esteve internado numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) durante vários dias. 

Segundo a imprensa brasileira, Aprígio da Silva pagou 85 mil reais (cerca de 12.500 euros) por uma AK-47, que foi utilizada no falso ataque.

"José Aprígio queria contratá-los para 'dar um susto' nele, a fim de chamar a atenção da mídia e poder alavancar a candidatura à prefeitura municipal", declarou um dos suspeitos do caso ao Ministério Público, segundo a estação TV Globo.

Segundo a fonte, o político não esperava, contudo, que os ritos atravessassem a blindagem do carro e o atingissem. "Foi o próprio prefeito quem pediu para atirar no vidro do veículo", contou, acrescentando que Aprígio da Silva ofereceu ainda 500 mil reais pelo crime (84 mil euros), 100 mil (16 mil euros) a cada um dos cinco atiradores. 

Na segunda-feira, em conferência de imprensa, a Polícia Civil brasileira informou que o ataque foi forjado. No entanto, não deu como certo que o político estivesse diretamente envolvido.

"Não há ainda como eu afirmar categoricamente que ele [José Aprígio] estava participando disso. A gente tem os indícios. Mas ainda não tenho uma prova cabal para dizer assim: 'Olha, ele participava disso'. Não posso falar", disse o delegado da Polícia de Taboão da Serra, Helio Bressan.

Durante a manhã de segunda-feira, as autoridades brasileiras levaram a cabo a Operação Fato Oculto, que investiga o falso ataque, e deram cumprimento a dez mandados de busca e apreensão. Duas pessoas foram detidas, incluindo um irmão de Aprígio da Silva.

Apesar do falso ataque para ganhar as eleições, o político acabou por perder para Daniel Plana Bogalho, do partido Republicanos. Na segunda volta das eleições, realizadas no final de outubro, Aprígio da Silva conquistou 33,73% dos votos, ao passo que o adversário conquistou a maioria absoluta com 66,27%.

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