Israel acusa cinco reservistas por abuso de prisioneiro palestiniano

Os procuradores militares israelitas acusaram hoje cinco soldados na reserva por abusarem de um prisioneiro palestiniano no campo de detenção de Sde Teiman, no sul de Israel, anunciou o exército em comunicado.

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© Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images

Lusa
19/02/2025 10:44 ‧ há 3 semanas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O caso, que foi revelado no verão passado, causou comoção em Israel, mas também uma onda de apoio aos reservistas, que estiveram detidos durante várias semanas entre julho e agosto de 2024.

 

O incidente em causa aconteceu a 05 de julho de 2024, quando os militares incluindo dois oficiais, espancaram um detido que estava algemado e vendado durante uma revista, provocando-lhe um rasgão anal após o esfaquearem com um "objeto cortante" nas nádegas, segundo a acusação, citada pela agência de notícias espanhola Efe.

Os arguidos também pontapearam, arrastaram e dispararam sobre a cabeça do recluso com um 'taser', acrescentou a acusação.

O detido foi posteriormente encontrado pela equipa do centro de detenção na sua cama e levado para um hospital, onde lhe foi diagnosticado um quadro de sete costelas fraturadas, um pulmão perfurado e teve de ser submetido a uma cirurgia ao abdómen.

Antes da acusação, os militares israelitas recolheram uma grande quantidade de provas, incluindo imagens de câmaras de segurança do centro de detenção.

Este não foi o único caso de abusos registado no centro de Sde Teiman contra prisioneiros palestinianos detidos durante a guerra de Israel em Gaza, muitos dos quais estão mantidos em detenção administrativa, sem acusação ou julgamento.

No início de agosto do ano passado, a organização não-governamental B'Tselem publicou um relatório abrangente no qual detalha abusos sofridos por dezenas de prisioneiros sob custódia israelita após o início da guerra em Gaza.

"O campo de detenção de Sde Teiman é apenas a ponta do icebergue. Neste momento, milhares de palestinianos estão a ser mantidos em condições desumanas e sujeitos a abusos intermináveis", denunciou o diretor executivo da B'Tselem, Yuli Novak, numa declaração feita na altura, acrescentando que alguns não sabem porque foram detidos.

Leia Também: ONU lamenta atraso na retirada do exército israelita do sul do Líbano

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