Starmer refuta Trump e diz que Zelensky é "líder democraticamente eleito"

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, teve hoje uma conversa com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que defendeu ser um "líder democraticamente eleito", horas depois de Donald Trump o ter descrito como um "ditador sem eleições".

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© REUTERS/Claudia Greco/Pool

Lusa
19/02/2025 22:08 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Esta informação foi confirmada por Downing Street (a residência oficial e escritório do primeiro-ministro britânico) em comunicado, no qual indicava que o líder trabalhista expressou o seu apoio ao líder ucraniano durante a chamada e disse-lhe que era "perfeitamente razoável suspender as eleições em tempos de guerra, como o Reino Unido fez na Segunda Guerra Mundial".

 

Starmer também enfatizou a Zelensky a necessidade de trabalhar em conjunto e apoiou "os esforços liderados pelos EUA para alcançar uma paz duradoura na Ucrânia que dissuada a Rússia de qualquer agressão futura".

Estas declarações do primeiro-ministro britânico refutam as palavras de Trump horas depois de ter procedido a uma série de acusações cruzadas com o seu homólogo ucraniano.

Através de uma publicação na plataforma Truth Social, Trump descreveu Zelensky como um "ditador" por não ter convocado eleições no final do seu mandato, em maio do ano passado -- foi eleito em 2019 -- e alertou-o de que, se não agisse rapidamente, "ficará sem país".

No entanto, a lei ucraniana proíbe ir às urnas sob a lei marcial que prevalece no país desde o início da invasão russa, há quase três anos.

Trump elevou o tom contra Zelensky, depois de ter acusado na terça-feira a Ucrânia de ter iniciado a guerra com a Rússia, e criticou ter convencido o seu antecessor, Joe Biden, a obrigar os EUA a gastar dinheiro para entrar num conflito que não poderia vencer.

Por sua vez, Zelensky disse esta manhã, numa conferência de imprensa em Kyiv, que o presidente norte-americano vivia num "espaço de desinformação" influenciado pela Rússia, em resposta a outro ataque anterior em que Trump garantiu que o ucraniano só tinha o apoio de 4% da sociedade do seu país.

Representantes diplomáticos dos Estados Unidos e da Rússia realizaram terça-feira em Riade, na Arábia Saudita, a primeira reunião de alto nível de ambos os países em anos entre estes dois países para normalizar as suas relações e iniciar conversações para chegar a acordo sobre um fim negociado para a guerra na Ucrânia, sem a presença de Kyiv ou da União Europeia.

Já os líderes europeus realizaram esta segunda-feira uma reunião de emergência em Paris para abordar a segurança da Europa e o futuro da Ucrânia, e voltaram a reunir-se hoje num novo encontro coordenado pela França e com a presença de líderes de outros países aliados da NATO.

Leia Também: Zelensky espera encontro "construtivo" com enviado de Trump

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