RDCongo: Chefes militares da EAC abordaram estratégias para cessar conflito

Os chefes militares dos países da Comunidade da África Oriental reuniram-se hoje em Nairobi para abordarem a escalada do conflito no leste na República Democrática do Congo e manifestaram-se empenhados em pôr termo aos confrontos.

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Lusa
21/02/2025 19:56 ‧ ontem por Lusa

Mundo

RDCongo

"A Comunidade [EAC, na sigla em inglês] está empenhada em pôr termo ao conflito no leste da República Democrática do Congo [RDCongo] e contamos convosco, os peritos em defesa e segurança", declarou a secretária-geral da EAC, Veronica Nduva, na abertura da reunião, de acordo com um comunicado das forças armadas quenianas.

 

A reunião de hoje seguiu-se a uma cimeira conjunta de chefes de Estado e de Governo e de outros representantes dos Estados membros da EAC e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), realizada na Tanzânia em 08 de fevereiro.

Nessa reunião inter-regional, no início de fevereiro, os líderes concordaram que os chefes de Estado-maior dos seus países se reuniriam para fornecer "orientação técnica para um cessar-fogo imediato e incondicional e para a cessação das hostilidades" no conflito no leste da RDCongo.

Esse encontro dos chefes de Estado-maior, confirmada hoje pelas forças armadas ruandesas através da rede social X, ocorrerá segunda-feira, novamente em Dar es Salaam, a capital económica da Tanzânia.

O Movimento 23 de Março (M23), que é apoiado pelo Ruanda - segundo as Nações Unidas e países como os Estados Unidos, a Alemanha e a França - tomou no passado fim de semana Bukavu, a capital estratégica da província do Kivu do Sul, vizinha do Kivu do Norte, cuja capital, Goma, também ocupou em 27 de janeiro.

O grupo rebelde controla agora as capitais destas duas províncias, que fazem fronteira com o Ruanda e são ricas em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.

Enquanto Bukavu registou cerca de 30 mortos desde a sua invasão pelo M23, os intensos combates em Goma causaram cerca de 3.000 mortos, quase 2.900 feridos e centenas de milhares de deslocados, segundo dados da ONU.

A atividade armada do M23 - um grupo constituído principalmente por tutsis vítimas do genocídio ruandês de 1994 - foi retomada em novembro de 2021 com ataques relâmpagos contra o exército congolês no Kivu do Norte e, desde então, o grupo tem vindo a avançar em várias frentes, fazendo temer uma possível guerra regional.

Leia Também: RDCongo. Uganda nega visar rebeldes M23, que são apoiados pelo Ruanda

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