"Estamos hoje em Kyiv porque a Ucrânia é a Europa. Nesta luta pela sobrevivência, não é apenas o destino da Ucrânia que está em causa. É o destino da Europa", afirmou a presidente da Comissão Europeia.
Ursula von der Leyen falava numa mensagem publicada nas redes sociais, acompanhada de um vídeo da chegada de comboio a Kyiv ao lado do presidente do Conselho Europeu, o português António Costa.
A presidente da Comissão Europeia chegou acompanhada também por 24 dos seus 27 comissários e foi recebida na estação pelo chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriy Sibiga.
On the 3rd anniversary of Russia’s brutal invasion, Europe is in Kyiv.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 24, 2025
We are in Kyiv today, because Ukraine is Europe.
In this fight for survival, it is not only the destiny of Ukraine that is at stake.
It’s Europe’s destiny. pic.twitter.com/s0IaC5WYh6
No comboio, a caminho de Kyiv, von der Leyen defendeu que a União Europeia deverá acelerar a entrega imediata de ajuda militar à Ucrânia nas próximas semanas.
A chefe da Comissão Europeia prometeu ainda apresentar "muito em breve" um plano abrangente sobre como aumentar a produção de armas e as capacidades de defesa da UE, do qual a Ucrânia também beneficiaria.
A visita de von der Leyen e Costa surge numa altura em que Zelensky, que tem sido alvo de críticas por parte do homólogo dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump.
Na semana passada, o Presidente dos EUA considerou que Volodymyr Zelensky era "um ditador" sem legitimidade democrática e acusou-o de começar a guerra e de fomentá-la, coincidindo com a narrativa utilizada pelo Kremlin (presidência russa) para justificar a invasão e destoando da postura da Casa Branca durante o Governo do democrata Joe Biden (2021-2025).
A administração dos EUA também considerou que "são irrealistas" os desígnios de Kyiv de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e de recuperar o território ocupado pela Rússia desde 24 de fevereiro de 2022, nomeadamente a partes das províncias de Donetsk e de Lugansk e a península da Crimeia (ocupada desde 2014).
Em simultâneo, Washington e Moscovo avançaram com reuniões preliminares para esboçar um cessar-fogo e um acordo de paz, que foi amplamente criticado pela União Europeia (UE) e pela Ucrânia, por excluir o país invadido e os países daquele continente, que sentiram os efeitos imediatos do conflito, nomeadamente, o êxodo de cidadãos ucranianos e as consequências socioeconómicas.
Apesar de não estar disponível o roteiro que Ursula von der Leyen e António Costa farão em Kyiv, é expectável que ocorra um encontro com o Presidente ucraniano e uma cerimónia para homenagear os militares e a população civil que morreram nos últimos três anos.
António Costa esteve na Ucrânia no dia 01 de dezembro de 2024, coincidindo com o início do seu mandato na liderança do Conselho Europeu.
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