"Devemos acelerar a eliminação dos dias de poluição severa e proteger o nosso belo céu azul", disse Li Tianwei, diretor do Departamento do Ambiente Atmosférico do Ministério da Ecologia e do Ambiente da China, em conferência de imprensa.
De acordo com os dados oficiais fornecidos pela agência estatal, a concentração média de partículas PM2,5 - as mais finas e suscetíveis de se infiltrarem nos pulmões -, em 2024, caiu para 29,3 microgramas por metro cúbico, uma redução homóloga de 2,7%.
Além disso, 87,2% dos dias do ano registaram uma boa qualidade do ar, um aumento de 1,7%, em relação a 2023, enquanto os dias com poluição severa ou pior caíram para 0,9% do total, uma melhoria de 0,7%.
A nível regional, Pequim cumpriu a norma nacional de qualidade do ar de grau II de não mais de 35 microgramas de densidade das partículas PM 2,5 por metro cúbico pelo quarto ano consecutivo, enquanto áreas-chave, como a planície de Fenwei (centro) e a região de Chengdu-Chongqing (centro) registaram diminuições de 4,8% e 10,8%, respetivamente, na concentração de PM 2,5.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera as concentrações de PM 2,5 superiores a 50 microgramas por metro cúbico como poluição atmosférica "grave".
Até 2025, a China pretende "eliminar essencialmente os episódios de poluição grave" em regiões prioritárias como Pequim-Tianjin-Hebei e a planície de Fenwei, acrescentou o representante do departamento.
Para o efeito, o controlo das emissões será intensificado nas principais indústrias, será promovido o aquecimento limpo e será melhorada a regulamentação dos compostos orgânicos voláteis (COV) e das fontes móveis de poluição, disse o funcionário.
"Não se pode esperar pelo céu azul, temos que lutar por ele", insistiu Li, que sublinhou que a transição para um modelo industrial, energético e de transportes mais ecológico e com baixas emissões de carbono será fundamental no futuro.
Nos últimos anos, a China, o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, redobrou os seus esforços para melhorar os níveis de dióxido de carbono, limpar o ar e manter a biodiversidade.
Estabeleceu também objetivos como o de atingir o pico das emissões de dióxido de carbono até 2030 e a neutralidade carbónica até 2060, bem como o de fazer com que os combustíveis não fósseis representem 25% da energia produzida no país, onde o carvão ainda desempenha um papel importante.
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