Trump não se compromete em impedir hipotética invasão chinesa de Taiwan

O presidente norte-americano, Donald Trump, evitou hoje comprometer-se em impedir uma eventual invasão chinesa de Taiwan, notando a "ótima relação" com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, defensor da necessidade de reintegrar o território com governo autónomo na China.

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Lusa
26/02/2025 20:31 ‧ há 2 horas por Lusa

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"Não me quero colocar nessa posição", respondeu o republicano quando questionado pelos jornalistas na Casa Branca se assumiria o compromisso de que Pequim não invadiria a ilha durante o seu mandato.

 

"E se o dissesse, certamente não o diria a si. Di-lo-ia a outras pessoas, talvez a pessoas sentadas à volta desta mesa", acrescentou Trump, que afirmou a "ótima relação" com Xi Jinping e expressou o desejo de uma visita do seu homólogo aos Estados Unidos.

Trump estimou ainda como "muito boa" a relação entre os dois países. "A relação que teremos com a China vai ser muito boa. Queremos uma boa relação com a China", insistiu.

Quanto à guerra comercial com Pequim, o governante manifestou o desejo de ver empresas chinesas a aumentar os seus investimentos nos Estados Unidos. "O que não queremos é que eles se aproveitem de nós", afirmou.

Os militares chineses realizaram hoje manobras surpresa de fogo real ao largo da costa sul de Taiwan, no mesmo dia em que altos responsáveis do Partido Comunista apelaram a um redobrar de esforços para conseguir a "reunificação" da ilha, que consideram uma província sua.

Os Estados Unidos são o principal fornecedor de apoio militar e económico a Taiwan, embora não reconheçam oficialmente a independência de Taiwan.

Recentemente, o Departamento de Estado modificou o seu site e retirou uma frase sobre os Estados Unidos não apoiarem a independência do território, um gesto que foi repudiado por Pequim.

A 31 de dezembro de 2024, num discurso de Ano Novo, o Presidente chinês afirmou que "ninguém pode impedir" a "reunificação" de Taiwan.

"Os chineses de ambos os lados do Estreito de Taiwan são uma só família. Ninguém pode quebrar os nossos laços de sangue e ninguém pode parar a tendência histórica da reunificação da pátria", declarou no discurso transmitido pela imprensa estatal.

China e Taiwan coexistem desde 1949 com governos separados, mas Pequim reivindica a ilha como parte integrante do seu território e não exclui a possibilidade de recorrer à força para "reunificar" o território.

Pequim intensificou a sua pressão militar e política sobre Taipé nos últimos anos, enviando regularmente navios de guerra e aviões de combate para a zona em torno de Taiwan.

Historicamente, os Estados Unidos têm mantido uma política de "ambiguidade estratégica" relativamente a uma possível intervenção militar no caso de Taiwan ser atacada pela China.

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