Na quarta-feira, durante uma reunião do seu governo, Trump dissera que o administrador da EPA, Lee Zeldin lhe afirmara que ia eliminar cerca de 65% dos trabalhadores da EPA. "Uma quantidade de pessoas que não estavam a fazer o seu trabalho. Eram apenas obstrucionistas", acrescentou Trump.
Mas, na quinta-feira, a porta-voz da Casa Branca disse que os 56% se referiam a cortes de despesa e não a despedimentos, o que foi corroborado por Zeldin.
"Não precisamos de gastar todo esse dinheiro atribuído à EPA" no ano passado, disse Zeldin à televisão Fox News na quinta-feira. "Não o queremos gastar. Não precisamos. O público (norte-)americano precisa dele e nós de equilibrar o orçamento".
O presidente Joe Biden tinha requisitado 10,9 mil milhões de dólares para financiar a EPA no ano orçamental corrente, mis 8,5% homólogos.
Zeldin também criticou os empréstimos da EPA, autorizados com base em uma lei de 2022, incluindo 20 mil milhões de dólares para o designado Banco Verde comparticipar programas de combate às alterações climáticas e de desenvolvimento de energias limpas.
"Estamos a dizer ao Congresso: por favor, não nos enviem dezenas de milhares de milhões de dólares para gastar este ano", acrescentou, durante a entrevista à Fox.
A porta-voz da Casa Branca, Taylor Rogers disse na quinta-feira que Zeldin "está comprometido com a eliminação de 65% da despesa da EPA, que é um desperdício".
A EPA tem 15.123 trabalhadores a tempo inteiro, pelo que uma redução em 65% corresponderia a despedir cerca de 10 mio pessoas.
Os esforços de Zeldin e da Casa Branca para clarificar que Trump se referia a despesas e não a trabalhadores tranquilizam pouco, disse a dirigente do maior sindicato da EPA, Marie Owens Powell, que se declarou ainda entristecia pelos comentários "negligentes" de Trump.
"Francamente, não sei se acredito nisso", rematou, em relação a estes esforços.
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