"Assinei uma declaração para utilizar os poderes de emergência para agilizar a entrega de aproximadamente quatro mil milhões de dólares em ajuda militar a Israel", disse no sábado o secretário de Estado norte-americano.
A declaração de emergência por parte de Rubio permite ao Departamento de Estado evitar a necessidade de aprovação da entrega por parte do Congresso, o parlamento norte-americano.
Rubio recordou ainda que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou um embargo parcial na venda de armas a Israel, imposto pelo antecessor, Joe Biden.
Em 25 de janeiro, Trump autorizou o envio para o Estado hebraico de um carregamento de 1.800 bombas MK-84, cada uma com 900 quilogramas, um tipo de armamento cujo envio tinha sido proibido por Biden.
"A decisão de reverter o embargo parcial de armas do governo de Biden, que reteve indevidamente uma série de armas e munições de Israel, é mais um sinal de que Israel não tem um aliado mais importante na Casa Branca do que o presidente Trump", disse Rubio, no comunicado.
Embora Biden tenha apoiado a ofensiva israelita na Faixa de Gaza e mantido o fornecimento de armas, decidiu deixar de enviar bombas de 900 quilos em maio de 2024, por temer que fossem utilizadas em zonas densamente povoadas de Rafah, a sul do enclave palestiniano.
O anúncio surgiu horas depois do Governo israelita ter aprovado uma proposta dos Estados Unidos sobre uma trégua em Gaza durante o Ramadão e a Páscoa Judaica, anunciou o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Isto pouco antes do final da primeira fase do cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, sem que exista ainda um acordo sobre uma segunda fase.
A festa muçulmana do Ramadão decorre até finais de março e a Páscoa judaica será celebrada em meados de abril.
O plano do enviado de Trump para o Médio Oriente prevê que "metade dos reféns (israelitas capturados pelo Hamas), mortos ou vivos" sejam libertados no primeiro dia da trégua proposta, com a libertação dos restantes a acontecer "no final, se for alcançado um acordo sobre um cessar-fogo permanente", adianta o comunicado do governo israelita.
O conflito na Faixa de Gaza começou depois de um ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023 e que causou 1200 mortos em Israel, na sua maioria civis, e fez cerca de 250 reféns, segundo Telavive.
A ofensiva militar lançada por Israel em retaliação já matou mais de 48 mil pessoas e destruiu grande parte do enclave palestiniano, segundo as autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.
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