"Amanhã, tarifas de 25% para o Canadá e de 25% para o México. E isso vai começar", destacou Trump aos jornalistas na Sala Roosevelt.
Trump tinha dito que as tarifas são para forçar os dois vizinhos dos EUA a intensificar a sua luta contra o tráfico de fentanil para os EUA, mas realçou hoje que "já não há espaço para o México ou para o Canadá" evitarem as novas tarifas elevadas.
O chefe de Estado norte-americano revelou ainda que vai acrescentar outra tarifa de 10% sobre os produtos da China, além dos 10% iniciais que implementou no mês passado.
As declarações do republicano abalaram de imediato o mercado bolsista dos EUA, com o índice S&P 500 a cair 2% nas negociações da tarde de hoje (hora local).
É um sinal dos riscos políticos e económicos que Trump se sente obrigado a correr, dada a possibilidade de uma inflação mais elevada e o possível fim de uma parceria comercial de décadas com o México e o Canadá.
No entanto, a administração Trump continua confiante de que as tarifas são a melhor escolha para impulsionar a indústria dos EUA e atrair investimento estrangeiro.
Antes da declaração de Trump sobre as tarifas em resposta a uma pergunta na terça-feira, o secretário do Comércio, Howard Lutnick, disse que a fabricante de chips de computador TSMC tinha expandido os seus investimentos nos Estados Unidos devido à possibilidade de tarifas separadas de 25%.
Trump concedeu um adiamento de um mês, em fevereiro, enquanto quer o México, quer o Canadá prometeram concessões.
"Se Trump está a impor tarifas, estamos prontos", garantiu a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, em reação às declarações de Trump.
"Estamos prontos com 155 mil milhões de dólares em tarifas e estamos prontos com a primeira parcela de tarifas, que é de 30 mil milhões de dólares", acrescentou.
Joly disse que o Canadá tem um plano fronteiriço muito forte e explicou isso aos responsáveis da administração Trump na semana passada. A chefe da diplomacia canadiana realçou também que os esforços diplomáticos continuam.
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