"Diga a [Donald] Trump que estou à espera dele aqui, juntamente com [Vladimir] Putin e [Volodymyr] Zelensky", referiu Lukashenko numa entrevista em vídeo ao 'blogger' norte-americano Mario Nawfal, gravada a 27 de fevereiro, de acordo com a agência de notícias oficial Belta.
"Vamos sentar-nos e chegar a um acordo calmamente. Se quiserem chegar a um acordo", continuou o líder bielorrusso, no poder desde 1994.
"Temos de chegar a um acordo [com Zelensky] (...) uma vez que uma grande parte da sociedade ucraniana o apoia", notou.
Lukashenko disse ainda que "há apenas 200 quilómetros entre a fronteira bielorrussa e Kyiv". "Meia hora de avião. Venham", insistiu.
Aliado próximo do presidente russo, Vladimir Putin, Lukashenko também elogiou a vontade do chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, de pôr fim ao conflito na Ucrânia o mais rapidamente possível.
"Trump é um bom homem e está a fazer alguma coisa para acabar com a guerra na Ucrânia e com a guerra no Médio Oriente", afirmou Alexander Lukashenko.
A publicação da entrevista surge depois de Donald Trump afirmar, na terça-feira, ter recebido garantias de Volodymyr Zelensky de que estava pronto para negociar uma "paz duradoura" com a Rússia.
Um encontro entre os dois líderes, na sexta-feira, teve vários momentos de tensão, em Washington, o que levou à suspensão, na segunda-feira, da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, que é crucial para Kyiv.
Na terça-feira, Zelensky expressou publicamente gratidão a Washington e arrependimento pelo incidente na Casa Branca, em declarações que parecem abrir caminho para reatar o diálogo.
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