Nigéria congela bens de 17 empresas e pessoas por suspeitas de terrorismo

As autoridades nigerianas congelaram os bens de 17 empresas, grupos e indivíduos suspeitos de terrorismo, incluindo Simon Ekpa, o autoproclamado líder pró-independência da Organização do Povo Indígena do Biafra (IPOB).

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© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
07/03/2025 14:30 ‧ há 5 dias por Lusa

Mundo

Nigéria

"A obrigação de congelamento estende-se a todos os fundos ou outros ativos detidos ou controlados pelas pessoas e entidades designadas, e não apenas aos que estão ligados a um ato específico, conspiração ou ameaça de terrorismo ou financiamento do terrorismo", declarou o comité de sanções da Nigéria num comunicado publicado na quinta-feira, e citado hoje pela agência de notícias France-Presse (AFP).

 

Em novembro de 2024, Simon Ekpa, que tem dupla nacionalidade, finlandesa e nigeriana, foi detido na Finlândia, suspeito de atividades terroristas relacionadas com a sua campanha pró-independência nas redes sociais, que alegadamente incita à violência contra civis.

O sistema judicial finlandês acusou-o de "exortação pública a cometer uma infração com intenção terrorista", que alegadamente foi cometida entre 23 de agosto de 2021 e 18 de novembro de 2024 na cidade finlandesa de Lahti.

Em março de 2024, o exército nigeriano emitiu um aviso de pessoas procuradas contra Ekpa e 96 outros indivíduos, acusando-os de terrorismo, extremismo violento e ameaças de secessão.

O IPOB é um dos principais grupos separatistas do país, tendo sido classificado como "organização terrorista" pelas autoridades nigerianas em 2017.

O antigo Biafra, uma região desfavorecida no sudeste do país habitada principalmente pela comunidade Igbo, foi palco de uma sangrenta guerra civil entre 1967 e 1970.

Após a morte de mais de um milhão de pessoas, muitas delas de fome, e o fracasso da rebelião, a "República do Biafra" acabou por ser reintegrada na Nigéria, um país de quase 200 milhões de habitantes onde as tensões entre as diferentes comunidades étnicas são frequentes.

Leia Também: Presidente da Nigéria assegura que fim da crise económica está próximo

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