Os protestos foram avivados pela recente viagem de Fico a Moscovo para conversações com o Presidente russo, Vladimir Putin, numa rara visita ao Kremlin de um líder da União Europeia desde a invasão da Ucrânia por Moscovo, que começou há mais de três anos, em fevereiro de 2022.
Também têm sido contestadas as observações de Fico de que a Eslováquia poderia considerar deixar os 27 e a NATO.
Segundo os organizadores, os manifestantes reuniram-se em mais de 40 cidades no país e no estrangeiro, tendo-se ouvido durante os protestos "vergonha, vergonha", "traidor" e "a Eslováquia é a Europa".
Fico, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em maio de 2024, tem enfrentado pedidos de demissão também devido à afirmação de que a Rússia tinha razões de segurança para invadir a Ucrânia.
Um dos principais conselheiros do executivo de Fico, Erik Kalinák afirmou que a Eslováquia "teria finalmente um vizinho fiável" se as tropas russas conquistassem a Ucrânia, vizinha dos eslovacos.
Lubos Blaha, um destacado membro do partido de Fico -- Smer -, encontrou-se esta semana com Sergei Naryshkin, o chefe da agência de espionagem russa SVR, numa das suas viagens a Moscovo, e disse que é um facto que "o Ocidente está a perder e a Rússia está a ganhar".
Fico regressou ao poder depois de o seu partido ter ganho as eleições parlamentares de 2023.
Desde então, terminou a ajuda militar da Eslováquia à Ucrânia, criticou as sanções da UE contra a Rússia e prometeu impedir a Ucrânia de aderir à NATO. Também declarou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, como inimigo depois de a Ucrânia ter suspendido o fornecimento de gás russo à Eslováquia e a alguns outros clientes europeus.
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