Igrejas condenam "massacres de civis inocentes" na Síria

As igrejas sírias condenaram hoje os "massacres de civis inocentes", depois de centenas de pessoas terem sido mortas em três dias no bastião da minoria muçulmana alauita na Síria, segundo uma ONG.

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© Izettin Kasim/Anadolu via Getty Images

Lusa
08/03/2025 20:54 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Síria

A costa síria, no oeste do país, bastião da comunidade alauita, de onde provém o presidente deposto Bashar al-Assad, é também o lar de minorias cristãs e ismaelitas, num país onde a maioria dos habitantes são muçulmanos sunitas.

 

A violência eclodiu na quinta-feira após vários dias de tensões na região de Latakia, as primeiras desta magnitude desde a tomada do poder, em 08 de dezembro, na Síria, de uma coligação rebelde liderada pelo grupo radical islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham, HTS.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) registou mais de 500 civis alauitas mortos no oeste do país, dando conta de "execuções em bases sectárias ou regionais".

"Nos últimos dias, a Síria tem vivido uma perigosa escalada de violência, brutalidade e assassinatos, levando a ataques contra civis inocentes, incluindo mulheres e crianças", afirmaram os patriarcas das igrejas cristã ortodoxa, católica melquita e siríacos ortodoxos, num comunicado conjunto.

Condenaram veementemente qualquer ato que ameace a paz civil, bem como os massacres contra civis inocentes, apelando ao fim imediato destes atos horríveis.

Na sexta-feira, a administração autónoma curda, que controla uma grande parte do nordeste da Síria, apelou a "todas as forças políticas envolvidas para se juntarem num diálogo nacional" para "uma solução política abrangente".

Por seu lado, o influente líder religioso druso, o xeque Hikmat al-Hajri, também apelou ao fim imediato da violência.

Desde que chegou ao poder, o presidente interino da Síria, Ahmad al-Chareh, tem tentado tranquilizar as minorias e apelou às suas forças para que mostrem moderação e evitem qualquer desvio sectário, mas esta linha não é necessariamente partilhada por todas as fações que operam sob o seu comando, segundo os analistas.

Leia Também: Número de civis mortos na Síria nos últimos três dias ultrapassa 560

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