"O número total de mortos subiu para 1.311 civis e militares na operação de segurança em resposta aos ataques de milicianos alauitas contra as forças de segurança na quinta-feira", disse o Observatório.
Os alauitas são uma minoria xiita, que integra cerca de 15% da população síria, ou seja, cerca de três milhões de pessoas, e que apoiava o regime de Bashar al-Assad. O grupo que agora assumiu o poder no país é sunita.
Entre os mortos contam-se 231 membros das forças de segurança e do Ministério da Defesa, 250 milicianos alauitas, bem como 830 civis mortos em "operações de extermínio".
Por regiões, a violência concentra-se sobretudo na província de Latakia, com 519 mortos, e em Tartus, com 220 mortos entre alauitas e não alauitas. O Observatório registou ainda 85 mortos em Hama e seis em Homs.
O Observatório sublinhou que as forças de segurança mataram centenas de civis, incluindo mulheres e crianças, e denunciou as violações dos direitos humanos e os crimes de guerra perpetrados pelas forças de segurança e afins.
Esta campanha envolve também o incêndio de casas e a deslocação forçada das populações visadas, segundo o Observatório, que alerta para o risco de escalada da violência contra os civis e apela a uma investigação internacional especializada.
Apela igualmente às autoridades sírias provisórias para que responsabilizem os membros das forças de segurança responsáveis por estas execuções e adverte que "a impunidade encoraja a repetição de crimes no futuro".
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