Quénia confirma pena de 20 anos para homicidas de embaixadora venezuelana

Um tribunal no Quénia confirmou a sentença de 20 anos de prisão, imposta em julho de 2023, contra o ex-diplomata venezuelano Dwight Sagaray e três cidadãos quenianos pelo assassínio da embaixadora interina da Venezuela Olga Fonseca.

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Lusa
10/03/2025 12:22 ‧ há 2 horas por Lusa

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Tribunal

 "As circunstâncias deste caso, tomadas em conjunto, formam uma cadeia que não nos deixa dúvidas de que o primeiro recorrente (...), o segundo, o terceiro e o quarto estiveram envolvidos na conspiração, planeamento e execução do assassínio em conjunto", disseram os três juízes do tribunal, de acordo com a imprensa local, citada pela agência espanhola de notícias, a EFE.

 

A embaixadora interina da Venezuela Olga Fonseca foi encontrada morta na sua residência em Nairobi em julho de 2012, e na sexta-feira passada os juízes do Tribunal de Recurso de Nairobi rejeitaram o recurso apresentado em agosto de 2023 pelos homens agora condenados.

"Por este crime hediondo, os recorrentes foram apenas condenados a uma pena muito branda de 20 anos de prisão. Na nossa opinião, tendo em conta a gravidade do crime, teríamos considerado aumentar a pena", acrescentaram.

A juíza Roselyn Korir, do Tribunal Superior da capital queniana, declarou os arguidos culpados em janeiro de 2023, concluindo que Sagaray tinha uma relação hostil com Fonseca, porque ambos queriam dirigir a embaixada da Venezuela no Quénia, e que esse conflito de interesses o levou a assassiná-la.

Depois de interrogar 37 testemunhas, o tribunal condenou também os quenianos Ahmed Omido, Alex Sifuna e Moses Kiprotich, concluindo que os três se encontraram até quatro vezes em Nairobi para planear o assassínio de Fonseca, pelo qual pagaram 486.000 xelins quenianos (cerca de 3.465 euros).

Nestas reuniões participou também um outro cidadão queniano, bem relacionado nos círculos políticos do Quénia, Mohamed Ahmed Hassan, um fugitivo da Justiça que nunca foi capturado, embora o seu mandado de captura continue pendente.

Fonseca, de 57 anos, substituiu o anterior embaixador venezuelano no Quénia, Gerardo Carrillo Silva, no início de julho de 2012, depois de o diplomata ter enfrentado alegações de assédio sexual por parte do seu pessoal .

A diplomata foi estrangulada até à morte a 26 de julho desse ano e a polícia encontrou o corpo na cama da residência, com fios de arame à volta do pescoço, mãos e pernas.

Leia Também: Governo queniano e oposição assinam acordo para políticas governamentais

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