Ucrânia. Mais de 30 países em Paris para debater força de segurança

Oficiais militares de mais de 30 países vão reunir-se na terça-feira em Paris para debater a criação de uma força de segurança internacional para a Ucrânia, segundo um oficial militar francês.

Notícia

© Getty Images

Lusa
10/03/2025 14:57 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

Esta força internacional tem como objetivo dissuadir a Rússia de desencadear uma nova ofensiva após a entrada em vigor de um cessar-fogo, afirmou o oficial militar francês à agência Associated Press (AP), sob condição de anonimato.

 

O projeto franco-britânico será apresentado aos responsáveis militares na primeira parte das conversações de terça-feira, continuou o responsável francês.

A segunda parte das conversações incluirá debates "mais precisos e concretos", durante os quais os participantes serão convidados a indicar de que forma as forças armadas dos seus países poderão contribuir para a força de segurança internacional.

O oficial militar sublinhou, no entanto, que a decisão final sobre a participação dos países na força de segurança seria tomada ao nível político, pelos líderes governamentais de cada Estado.

Os chefes de Estado-Maior - ou, no caso do Canadá, o seu representante - de quase todos os 32 países da aliança militar da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) estarão presentes nas discussões de Paris.

Estarão também presentes os chefes de Estado-Maior da Irlanda e de Chipre e um representante da Áustria, países que não são membros da NATO, mas que pertencem à União Europeia (UE).

Os Estados Unidos, a Croácia e o Montenegro foram convidados a participar nas reuniões, mas estarão ausentes.

A longa lista dos intervenientes que participarão na reunião na terça-feira incluirá membros de países dos continentes da Oceânia e da Ásia, entre os quais a Austrália e a Nova Zelândia, bem como o Japão e a Coreia do Sul, que se juntarão às conversações à distância.

A Ucrânia será representada por um oficial militar, que é também membro do conselho de segurança e defesa do país.

A guerra em curso foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, para, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, garantiram em várias ocasiões que estão prontos para negociações de paz, mediante determinadas condições, mas nada foi materializado e continuam em lados opostos.

A Ucrânia pede garantias sólidas de segurança aos seus aliados, para evitar que Moscovo volte a atacar, ao passo que a Rússia quer uma Ucrânia "desmilitarizada" e que entregue os territórios que a Rússia afirma ter anexado, o que Kiev considera inaceitável.

Zelensky propôs na semana passada uma trégua com a Rússia no ar e no mar para iniciar conversações sobre uma "paz duradoura" com Moscovo.

Leia Também: Rússia com venda de armas em queda e Ucrânia o maior importador

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas