O enviado de Donald Trump ao Médio Oriente, Steve Witkoff, revelou que, na carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, o chefe de Estado da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu desculpa pela discussão na Sala Oval e que isso "foi um passo importante" para a retoma das negociações entre os dois países.
"Zelensky enviou uma carta ao presidente. Pediu desculpa por todo o incidente que aconteceu na Sala Oval. Foi um passo importante e têm existido muitas discussões entre as nossas equipas, os ucranianos e europeus que são relevantes para as negociações também", explicou Steve Witkoff, esta segunda-feira, numa entrevista ao canal de televisão norte-americano Fox News.
Donald Trump revelou que recebeu uma carta de Zelensky na semana passada, durante um discurso no Congresso, mas não mencionou o pedido de desculpa.
"A Ucrânia está pronta a sentar-se à mesa das negociações o mais rapidamente possível para se aproximar de uma paz duradoura. Ninguém quer a paz mais do que os ucranianos. Valorizamos muito o que os Estados Unidos têm feito para ajudar a Ucrânia a manter a sua soberania e independência", revelou Trump, ao ler a carta de Zelensky.
Os representantes dos Estados Unidos e da Ucrânia estão a preparar-se para uma reunião na Arábia Saudita, esta semana, para elaborar um plano para acabar com a guerra desencadeada pela invasão russa.
As conversações na Arábia Saudita destinam-se a relançar os esforços de paz depois das tensões que surgiram entre Trump, o vice-presidente norte-americano JD Vance e Zelensky na Sala Oval, no final de fevereiro.
A partilha de informações e a ajuda militar à Ucrânia foram suspensas na sequência dessa reunião e o chefe de Estado norte-americano já deu a entender que o acordo de minerais não será suficiente para que o apoio seja retomado.
"Eles vão assinar o acordo de minerais, mas eu quero que eles queiram a paz. Eles não o demonstraram na medida em que deveriam", acrescentou Trump aos jornalistas no domingo.
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