"As negociações estão a decorrer normalmente e muitas questões foram abordadas", garantiu a fonte à agência noticiosa France-Presse (AFP), num balanço da primeira reunião de alto nível após a discussão entre os chefes de Estado dos EUA, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, a 28 de fevereiro.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, estão reunidos na cidade de Jeddah, no Mar Vermelho, sem a Rússia estar presente.
A reunião realiza-se poucas horas depois do maior ataque de drones de Kyiv contra Moscovo desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
A primeira sessão de conversações durou pouco mais de três horas e foi retomada à tarde.
Desde o confronto verbal na Sala Oval da Casa Branca, Washington suspendeu a ajuda militar a Kyiv e a partilha de informações.
Pela parte de Kyiv, espera-se que a sua proposta de um cessar-fogo parcial convença os Estados Unidos a restabelecer o apoio.
"Estamos prontos a fazer tudo para alcançar a paz", declarou aos jornalistas o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriï Iermak, à entrada da reunião, garantindo que o encontro tinha se iniciado "de uma forma muito construtiva".
Questionado sobre as negociações na Arábia Saudita, o Kremlin adiantou que cabe à Ucrânia mostrar o que está disposta a fazer a paz. "Não importa o que nós esperamos", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Os negociadores ucranianos chegaram a Jeddah com uma proposta de "tréguas no ar" e "no mar" com Moscovo, divulgou um alto funcionário ucraniano à AFP na segunda-feira, sob condição de anonimato.
Rubio manifestou-se confiante de que a suspensão da ajuda militar dos EUA a Kyiv será resolvida.
O Presidente Zelensky, que também chegou a Jeddah na segunda-feira, encontrou-se com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed ben Salmane.
Volodymyr Zelensky assegurou que iria abordar as discussões de terça-feira de uma forma "absolutamente construtiva", acreditando que o reino constitui "uma plataforma muito importante para a diplomacia".
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