Andrés Pastrana libertado após ficar retido no aeroporto de Luanda

O ex-presidente colombiano Andrés Pastrana (1998-2002) foi hoje libertado depois de ter estado retido durante várias horas no aeroporto de Luanda, juntamente com outros políticos convidados a participarem numa conferência internacional sobre democracia.

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© EVA MARIE UZCATEGUI/AFP via Getty Images

Lusa
13/03/2025 23:32 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

ex-presidente colombiano

"Sem mais explicações, a detenção de Andrés Pastrana no aeroporto de Luanda, Angola, foi suspensa. Outros líderes africanos estão neste momento a passar pelo mesmo processo", relatou Gustavo Gómez, diretor do programa '6AM Hoy por Hoy', da Caracol Radio, através das redes sociais e citado pela agência de notícias Efe.

 

Gómez acrescentou que falou com Pastrana, que confirmou "os factos e afirmou que foi a inépcia de um governo que tentou pressionar os participantes de um fórum democrático que não é bem visto pelas autoridades angolanas".

Horas antes, Pastrana tinha enviado uma gravação áudio para a estação de rádio na qual dizia que estava a ser mantido refém.

O antigo presidente conservador explicou na sua conta na rede social X que foi "detido no aeroporto de Luanda pelo governo angolano, que está a bloquear a entrada de um grupo de políticos africanos convidados pela Fundação Brenthurst e pelo Centro Democrata Internacional (IDC-CDI)".

Em declarações à Lusa, o secretário-geral adjunto da UNITA, principal partido da oposição angolana, Lázaro Kakunha, tinha confirmado hoje que estavam retidos 13 dos 17 convidados para a conferência que viriam do estrangeiro.

Fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano confirmaram à agência Efe que estavam a par da situação, acrescentando que o consulado em Pretória e a Embaixada na África do Sul, que também servem Angola, "estão a verificar o sucedido".

Além do antigo líder colombiano, também o político moçambicano Venâncio Mondlane e outros convidados, incluindo o ex-presidente do Botsuana Ian Khama, ficaram retidos, segundo fonte da UNITA.

Alberto Quechinacho, advogado de Venâncio Mondlane disse que o político moçambicano "não está em fuga", questionando a retenção das autoridades migratórias angolanas e adiantando que desconhece, oficialmente, o seu paradeiro.

Quechinacho disse que têm surgido algumas informações díspares, nomeadamente de que Mondlane já não se encontraria em território angolano, sem confirmação oficial.

Questionado sobre se Venâncio Mondlane, que está sob Termo de Identidade e Residência, poderia ausentar-se de Moçambique, o advogado frisou que a jurisdição moçambicana não exerce autoridade sobre a jurisdição angolana.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique aplicou a medida de termo de identidade e residência a Venâncio Mondlane, num processo em que o político é acusado de incitação à violência nas manifestações pós-eleitorais, o que o impede de ficar mais de cinco dias fora de casa, devendo avisar as autoridades.

A conferência, que é organizada conjuntamente com a fundação Konrad Adenauer e o World Liberty Congress, está agendada para decorrer em Benguela, de sexta-feira a domingo.

A Lusa contactou o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) de Angola que prometeu esclarecimentos sobre a situação mais tarde.

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