PM grego remodela Governo após protestos por acidente de comboio de 2023

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, realizou uma grande renovação ministerial, após protestos generalizados pelo acidente ferroviário de 2023, que matou 57 pessoas e cuja investigação concluiu ter sido causado por erro humano, anunciou hoje o seu porta-voz.

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© LOUISA GOULIAMAKI/AFP via Getty Images

Lusa
14/03/2025 16:22 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Kyriakos Mitsotakis

Os cargos de ministro da Economia e da Finanças, dos Transportes, da Migração e da Proteção Civil vão mudar de titular, disse Pavlos Marinakis.

 

Entre as principais mudanças, conta-se a do atual ministro da Economia e Finanças, Kostis Hatzidakis, que vai assumir o recém-criado cargo de vice-primeiro-ministro, sendo substituído no seu cargo atual por Kyriakos Pierrakakis, ministro da Educação do atual Governo e próximo de Mitsotakis.

O chefe do Governo, cujo partido conservador Nova Democracia (ND) perdeu terreno significativo, deverá realizar a primeira reunião da nova equipa no sábado, às 11:00 locais (09:00 em Lisboa), acrescentou Marinakis.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros, da Defesa e do Interior, no entanto, vão manter os seus cargos.

Esta grande remodelação, menos de dois anos após a confortável reeleição do partido conservador, acontece num cenário de crescente descontentamento entre os gregos e de acusações de encobrimento do pior desastre ferroviário da Grécia, registado a 28 de fevereiro de 2023.

No segundo aniversário do acidente, assinalado há duas semanas, os gregos fizeram uma das maiores concentrações do país em décadas, reunindo mais de 300 mil pessoas, segundo a polícia.

Nessa altura, foi publicado o relatório da investigação do acidente, que apontou como causas o erro humano e infraestruturas obsoletas.

A comissão de investigação independente concluiu que um erro de encaminhamento cometido por um chefe de estação colocou um comboio de passageiros na mesma via que um comboio de mercadorias que se aproximava.

A colisão, que matou 46 passageiros e 11 funcionários, deu-se perto de Tempi, a cerca de 400 km da capital, Atenas.

Leia Também: Parlamento rejeita moção de censura contra o governo na Grécia

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