O Tribunal de Instrução de Gijón, em Espanha, abriu uma investigação contra duas organizadoras de uma manifestação, realizada nesta cidade das Astúrias, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, durante a qual foi utilizada uma 'Santa Queer', para verificar se há "sinais de crime".
De acordo com o juiz, revela o La Razón, o evento, organizado pela Assembleia das Mulheres Asturianas, pode ter incorrido num "crime de discriminação" e, por isso, quer um esclarecimento sobre o assunto.
O magistrado pediu ainda à Polícia Nacional que "identifique os acusados" e "determine se eles foram motivados pelo ódio" e à autarquia que, numa próxima, "informe o tribunal sobre a convocação e/ou solicitação de manifestações" nas ruas de Gijón.
O caso foi aberto depois da empresa de advocacia Christian Lawyers apresentar queixa contra duas mulheres, responsáveis por simular uma procissão com uma 'Virgem de Covadonga', com uma boneca de óculos escuros e o "símbolo transgénero", como auréola.
O escritório de advogados acusa-as de "ódio" e "ofensa a sentimentos religiosos", uma vez que considera que esta foi uma procissão "anticristã".
Alerta ainda a mesma empresa que a associação que organizou a manifestação recebeu mais de 80 mil euros em subsídios públicos desde 2021.
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