Ultra-nacionalista Simion anuncia candidatura às presidenciais romenas

O líder do partido de extrema-direita romeno AUR, George Simion, apresentou hoje em Bucareste a sua candidatura às eleições presidenciais, cuja primeira volta terá lugar a 04 de maio.

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Lusa
14/03/2025 19:17 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

George Simion

Simion, cujo partido é o segundo mais representado no parlamento, já se tinha candidatado à Presidência nas eleições de 24 de novembro, entretanto anuladas, recebendo quase 14% dos votos, antes de unir forças com Georgescu.

 

Depois de ter apresentado a sua candidatura à Comissão Eleitoral romena, o líder de extrema-direita afirmou hoje à imprensa que passará a ser "um alvo do sistema".

"Sei que me vou tornar um alvo do 'sistema', vão inventar coisas sobre mim, vão aparecer gravações falsas através da inteligência artificial", disse Simion, que apoiou o candidato ultranacionalista pró-russo Calin Georgescu, desqualificado por suspeitas de ter beneficiado da interferência russa na votação anterior.

George Simion, de 38 anos, que era a figura nacionalista mais estabelecida no país antes da ascensão meteórica de Georgescu, tinha afastado uma candidatura na noite de terça-feira, mas hoje disse na rede Facebook que mudou de ideias depois de se encontrar com o candidato excluído.

Pouco depois de o líder do AUR ter apresentado a sua candidatura, o advogado romeno Bogdan Ionescu apresentou um recurso contra a candidatura de Simion.

"A sua declaração como 'persona non grata' na Moldova e na Ucrânia é um elemento extremamente negativo. É necessário analisar as razões que o levaram a ser declarado indesejável" nestes países vizinhos, disse o advogado à estação de rádio romena Antena 3.

O candidato romeno recebeu em Bucareste o apoio do antigo primeiro-ministro polaco Mateusz Morawiecki, líder do grupo Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) no Parlamento Europeu, o qual o AUR integra.

Anamaria Gavrila, líder do POT, o segundo maior partido de extrema-direita da Roménia, deverá apresentar a sua candidatura no sábado.

Calin Georgescu, que tinha causado surpresa em novembro ao vencer à primeira volta, posteriormente anulada, foi definitivamente excluído de se apresentar às presidenciais, criticando "uma ditadura" e pedindo que a luta continuasse pacificamente nas urnas.

Os especialistas duvidam das hipóteses de George Simion de obter tantos votos como Calin Georgescu, que foi creditado com 40% das intenções de voto nas sondagens antes de a sua candidatura ser rejeitada.

No mesmo campo político, a tempestuosa candidata pró-Kremlin Diana Sosoaca, que foi banida no ano passado pelo Tribunal Constitucional, também tentará participar.

A disputa é agora muito aberta, com o candidato da coligação governamental pró-europeia, Crin Antonescu, e o presidente independente da câmara de Bucareste, Nicusor Dan, empatados nas sondagens (entre 15% e 20%).

A Roménia, país membro da União Europeia (UE) e da NATO e pouco habituado a convulsões políticas, está mergulhada na incerteza desde que Calin Georgescu surgiu no panorama político, após uma campanha massiva na rede TikTok que foi considerada ilegal.

A eleição foi posteriormente anulada e o político de extrema-direita foi acusado e colocado sob supervisão judicial.

Leia Também: Extrema-direita romena anuncia dois candidatos após exclusão de Georgescu

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