De acordo com Philippe Lazzarini, foi confirmada a morte dos cinco funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) na sequência dos novos bombardeamentos israelitas, aumentando para 284 o número de funcionários das Nações Unida mortos em Gaza desde o início da guerra, em 2023.
Segundo as Nações Unidas os funcionários mortos eram professores, médicos e enfermeiros.
Através de um comunicado difundido nas redes sociais o responsável da agência das Nações Unidas disse também que bombardeamento aéreo e marítimo das forças israelitas continua hoje pelo terceiro dia consecutivo.
"Todos os dias, perante os nossos olhos, a população de Gaza revive vezes sem conta o pior pesadelo", criticou Lazzarini receando que Israel prepara uma nova invasão terrestre.
Neste sentido, o mesmo comunicado refere que militares israelitas foram destacados para o corredor de Netzarim - de onde tinha sido retirados em fevereiro -, e que Israel lançou hoje novos avisos à circulação na estrada de Saladino, a via que liga o norte ao sul de Gaza.
As declarações de Lazzarini ocorreram um dia depois de o diretor executivo do Gabinete de Serviços para Projetos da ONU (UNOPS), o português Jorge Moreira da Silva, ter confirmado a morte de um trabalhador da agência num ataque a um prédio em Gaza.
O Exército israelita afirmou que vai investigar o que considerou incidente.
Israel retomou os bombardeamentos na Faixa de Gaza na terça-feira, deixando até agora mais de 430 mortos, incluindo mais de 180 crianças, e centenas de feridos, quebrando o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro.
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