Numa mensagem ao Conselho Europeu que se realiza hoje em Bruxelas, Zelensky disse que, apesar do acordo de um cessar-fogo limitado, "nada mudou", denunciando novos ataques de 'drones' na noite passada contra a infraestrutura energética do seu país.
O presidente ucraniano pediu ainda que as sanções internacionais contra Moscovo se mantenham em vigor até que a Rússia comece a retirar-se do território do seu país e exigiu a Putin que abandone as suas exigências "inúteis", que se limitam a obstaculizar um qualquer processo de paz.
"As sanções devem manter-se em vigor até que a Rússia comece a retirar-se do nosso território e até que a Rússia tenha compensado integralmente os danos causados pela sua agressão", argumentou Zelensky, durante a vídeoconferência com os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) na cimeira em Bruxelas.
O Presidente ucraniano insistiu para que o apoio aliado à Ucrânia não diminua, mas antes que continue e aumente, explicando que isso "é particularmente verdade para a defesa aérea".
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu ajudar a encontrar sistemas de defesa aérea adicionais na Europa e Kiev tem vindo a exigi-lo há meses para proteger as suas cidades e infraestruturas dos bombardeamentos russos.
Os chefes de Estado norte-americano e russo concordaram na terça-feira com um cessar-fogo de 30 dias no conflito na Ucrânia, embora limitado a ataques contra alvos energéticos e infraestruturas.
Trump e Putin também acordaram iniciar as negociações de paz de imediato, indicou um comunicado da Presidência norte-americana, que elogiava o "imenso benefício" de uma melhor relação entre Washington e Moscovo e o seu potencial para "enormes acordos económicos".
As futuras negociações deverão decorrer em Riade na segunda-feira.
A Ucrânia já dera o aval a um acordo de cessar-fogo de 30 dias, proposto pelos Estados Unidos, instando Putin a fazer o mesmo.
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