Desempenho económico continua abaixo de meta , diz Xanana Gusmão

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, afirmou hoje que o desempenho económico em 2024 continua abaixo da meta estabelecida pelo Governo e defendeu mais reformas estruturais e maior participação do setor privado.

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Lusa
21/03/2025 06:19 ‧ há 2 dias por Lusa

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Timor-Leste

O crescimento económico timorense terá atingido 4% em 2024, uma melhoria em relação aos 2,4% registados em 2023, e deverá acelerar para 4,4% em 2025, segundo o relatório sobre o desempenho económico do país hoje divulgado pelo Banco Central de Timor-Leste (BCTL).

 

"Isto evidencia a necessidade de reformas estruturais mais profundas, de uma maior participação do setor privado e de um investimento público mais eficiente para garantir a resiliência económica a longo prazo", disse Xanana Gusmão, no Ministério das Finanças, onde decorreu a apresentação do documento.

O primeiro-ministro salientou que a economia do país "continua a enfrentar constrangimentos estruturais, incluindo uma capacidade limitada de absorção", uma "elevada dependência das importações" e um "setor privado ainda subdesenvolvido".

"Estes fatores contribuíram para desequilíbrios no crescimento, com a despesa pública a ser o principal motor da atividade económica. Para enfrentar esta situação, o Governo mantém-se empenhado na consolidação fiscal, na melhoria da mobilização de receitas internas e na priorização de investimentos em setores que promovam o desenvolvimento sustentável, como a agricultura, o turismo e as infraestruturas", garantiu Xanana Gusmão.

O chefe do executivo timorense defendeu que a "inclusão financeira e o acesso ao financiamento são essenciais para desbloquear o potencial económico" do país, bem como o apoio às pequenas e médias empresas, que considerou "fundamentais para diversificar a economia e reduzir a dependência das receitas do petróleo".

Xanana Gusmão considerou também que a integração económica nos mercados regionais e globais, numa referência à Associação das Nações do Sudeste Asiático e à Organização Mundial do Comércio, "deve ser ativamente promovida" para "atrair investimento estrangeiro e criar oportunidades de emprego".

"O Governo continuará a trabalhar em estreita colaboração com o Banco Central, o setor privado e os parceiros de desenvolvimento para implementar reformas que reforcem a competitividade económica e melhorem a governação", salientou.

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