"Como é que uma infraestrutura estratégica depende completamente de uma única fonte de eletricidade, sem alternativa? Se for esse o caso, como parece ser, trata-se de uma clara falha de organização por parte do aeroporto", afirmou o antigo diretor da British Airways na rede social X, acrescentando que o incidente "levanta sérias questões".
O aeroporto de Heathrow anunciou durante a madrugada o encerramento até às 23h59 de hoje para "garantir a segurança de passageiros e colegas", devido à falta de eletricidade causada por um incêndio numa subestação elétrica próxima.
Os passageiros foram aconselhados a não se deslocar para o aeroporto e a contactar as respetivas companhias aéreas para pedir esclarecimentos.
"Precisamos de encontrar uma distribuição mais justa dos custos da assistência aos passageiros, em vez de serem apenas as companhias aéreas a pagar a fatura quando as infraestruturas falham", continuou o diretor-geral da IATA, que representa mais de 260 companhias aéreas de todo o mundo.
"Enquanto isso não acontecer, Heathrow terá poucos incentivos para melhorar", salientou o representante.
Notícias e relatos nas redes sociais dão conta de voos cancelados ou desviados para outros aeroportos de Londres e para outras cidades britânicas, como Glasgow, Manchester ou Cardiff, mas também outros países, como França, Alemanha ou Espanha.
O encerramento temporário do aeroporto afetou mais de 1.350 voos e cerca de 290.000 passageiros.
O aeroporto de Heathrow é o mais movimentado da Europa, tendo acolhido 83,9 milhões de passageiros em 2024.
O comissário adjunto da corporação de bombeiros de Londres, Jonathan Smith, adiantou que o incêndio teve lugar num transformador com 25.000 litros de óleo de refrigeração.
Os bombeiros estão a facilitar o acesso de profissionais para restabelecer o fornecimento de energia.
Os terminais 2 e 4 do aeroporto de Heathrow continuam sem eletricidade, tal como cerca de 5.000 casas nas imediações, mas outras 62.000 já tiveram o serviço restaurado.
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