Pelo menos 15 detenções na Áustria devido a ataques contra homossexuais

As autoridades austríacas realizaram buscas e detiveram hoje 15 pessoas suspeitas de atacarem brutalmente pessoas devido à sua orientação sexual, quando acontece um aumento da violência contra homossexuais na Europa.

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© Klaus Pressberger/SEPA.Media /Getty Images

Lusa
21/03/2025 16:25 ‧ há 7 horas por Lusa

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Áustria

Os suspeitos atraíram as vítimas através "perfis falsos" em 'sites' de encontros na internet, explicou num comunicado a polícia da Estíria, no sudeste da Áustria, após ter sido alertada em julho de 2024, quando aconteceu o primeiro incidente deste tipo.

 

À noite, em pequenos grupos, por vezes com os rostos escondidos por máscaras, os suspeitos atacavam com violência até provocar graves ferimentos nas vítimas. Os investigadores relataram ainda uma tentativa de homicídio.

Os suspeitos filmavam os ataques e depois publicavam os vídeos na internet com o objetivo de humilhar as vítimas.

Foram reportados um total de 17 ataques e os agressores justificavam os seus atos alegando que estavam a promover uma justiça de autodefesa com o objetivo de "combater os pedófilos".

"Na realidade, estes crimes cada vez mais brutais estão a ser dirigidos contra a comunidade homossexual", escreveu a polícia, acrescentando que o número de casos é provavelmente "muito maior", uma vez que as vítimas não se atrevem a apresentar queixas.

Mais de 400 polícias foram mobilizados para fazer buscas em 23 locais, onde foram apreendidas armas e objetos nazis. Foram detidos doze homens e três mulheres, com idades compreendidas entre os 14 e os 26 anos, de nacionalidade austríaca, alemã, croata, romena e eslovaca.

De acordo com as últimas estatísticas de 2023, a violência contra as minorias sexuais está a aumentar na Áustria. A tendência é semelhante na Europa, de acordo com um relatório recente da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA), à medida que o clima se torna tenso com a ascensão dos movimentos de extrema-direita.

Após os dias negros do movimento nazi na Áustria, que foi anexada por Adolf Hitler em 1938, demorou muito tempo até que a comunidade LGBT+ tivesse os seus direitos reconhecidos devido à hostilidade da poderosa Igreja Católica e do partido conservador no poder, que se opunham a qualquer mudança.

O país legalizou a adoção e o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2019, após uma decisão do Supremo Tribunal, e a questão conta agora com um amplo apoio público.

Face ao aumento das denúncias, o Governo pede ainda a continuidade do combate ao ódio e à violência contra as pessoas LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e outros).

Leia Também: Responsável iraniano reúne-se com chefe da agência de energia atómica

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