"De acordo com a decisão do Supremo Tribunal, é proibido tomar qualquer ação que comprometa o estatuto do chefe do Shin Bet, Ronen Bar", escreveu Gali Baharav-Miara numa mensagem enviada a Benjamin Netanyahu e tornada pública através de um comunicado.
"Não pode nomear um novo chefe do Shin Bet nem realizar entrevistas para o cargo", acrescentou Gali Baharav-Miara, também consultora jurídica do Governo israelita.
A suspensão determinada hoje pelo Supremo Tribunal israelita foi explicada com a necessidade de analisar todos os recursos interpostos contra a destituição do responsável, sendo que quatro partidos da oposição apresentaram petições ao Supremo Tribunal para anular a demissão.
Os partidos argumentaram que esta medida representa um "grave conflito de interesses" do primeiro-ministro israelita, já que Ronen Bar estava a liderar a investigação sobre potenciais falhas de segurança durante os ataques realizados a 07 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outros grupos palestinianos ao sul de Israel.
O Shin Bet alertou recentemente para "a responsabilidade" da liderança política do país nos ataques do Hamas.
O aviso da procuradora-geral foi feito pouco depois de o gabinete do primeiro-ministro ter anunciado que o executivo vai apresentar, no domingo, uma moção de censura a Gali Baharav-Miara, acusada de agir como um "braço da oposição".
A apresentação da moção poderá dar início a um longo processo de destituição da procuradora-geral.
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