Norte-americanos informaram ucranianos sobre negociações com russos

Representantes da Ucrânia e dos Estados Unidos terminaram esta terça-feira uma segunda reunião em Riade destinada a informar Kiev das conversações russo-americanas de segunda-feira, disse uma fonte da delegação ucraniana.

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© Kherson Regional Military Admin. /Handout/Anadolu via Getty Images

Lusa
25/03/2025 11:26 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O conselheiro do gabinete presidencial ucraniano, Serguei Leshchenko, disse que a reunião de hoje se destinou a informar a parte ucraniana sobre o que os Estados Unidos tinham previamente negociado com os russos.

 

As negociações tiveram como tema a possibilidade de declarar uma trégua no bombardeamento do sistema de energia e nos ataques no Mar Negro, acrescentou Leshchenko, citados pela agência espanhola EFE.

Uma fonte da delegação ucraniana disse à agência francesa AFP que "todos os pormenores serão anunciados mais tarde".

A reunião realizou-se depois de a delegação norte-americana ter passado 12 horas na segunda-feira a negociar com os emissários do Kremlin (presidência russa) os termos de um possível cessar-fogo para avançar para um fim negociado da guerra.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira que nas reuniões em Riade também se estava a discutir, entre outros temas, a divisão do território entre os dois países e "linhas de demarcação".

A Rússia, que saudou as conversações como úteis, foi acusada por Kiev de estar a ganhar tempo para obter uma vantagem na linha da frente, segundo a AFP.

Ucrânia e Estados Unidos já se tinham reunião em Riade no domingo, antes das conversações russo-americanas.

A delegação russa deixou a Arábia Saudita, noticiou a agência estatal Ria Novosti.

O Kremlin disse hoje que ainda estava a analisar o resultado da reunião de segunda-feira.

Desde o início, no domingo, das conversações que envolvem Washington, Moscovo e Kiev, o vaivém norte-americano entre as partes beligerantes não resultou numa trégua, mesmo parcial, nem num consenso sobre uma moratória de certos ataques aéreos.

As agências russas tinham anunciado na segunda-feira à noite que os Estados Unidos e a Rússia iriam emitir uma declaração conjunta sobre o resultado das suas negociações.

Mas o porta-vos do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou hoje que o conteúdo das trocas de impressões "não será certamente tornado público".

Embora os contactos com os norte-americanos continuem, não foi fixada uma data precisa para uma nova reunião, acrescentou Peskov.

Donald Trump conseguiu, através de pressões, obter o acordo de princípio de Kiev para um cessar-fogo incondicional de 30 dias.

O Presidente russo, Vladimir Putin, embora tendo o cuidado de não rejeitar a proposta de Trump, enumerou uma série de exigências e disse que queria limitar as tréguas apenas aos ataques às infraestruturas energéticas.

"Foi um diálogo intenso, não fácil, mas muito útil para nós e para os americanos", disse hoje o senador Grigori Karassin, um dos negociadores russos, à agência oficial russa TASS.

Karassim afirmou que "foram debatidos muitos problemas".

"Estamos longe de ter resolvido tudo, mas parece-me que uma conversa como esta é muito oportuna", disse Karassin.

"Vamos continuar a fazê-lo, envolvendo a comunidade internacional, sobretudo as Nações Unidas e alguns países", acrescentou.

Trump, cuja aproximação a Putin veio "baralhar as cartas" no conflito desencadeado pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, afirma querer pôr fim às hostilidades.

Leia Também: Macron recebe Zelensky na quarta-feira antes de cimeira de segurança

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