De acordo com um comunicado divulgado pela força de segurança, dezenas de manifestantes bloquearam o trânsito estacionando veículos ilegalmente junto ao Knesset e "alguns (...) tentaram interferir na missão da polícia de rebocar os veículos", pelo que foram detidos.
O Movimento Pró-Democracia Israelita, um dos organizadores do protesto, afirmou que o bloqueio visou exigir o regresso dos 59 reféns israelitas ainda mantidos em Gaza pelo movimento radical palestiniano Hamas, e também "salvar a democracia israelita e denunciar o escandaloso orçamento governamental" votado no Knesset, "que distribui fundos pelos grupos de interesse".
Jerusalém e Telavive registam desde a semana passada uma onda de protestos intensos, devido à demissão do chefe dos serviços de informações internos (Shin Bet) e ao conflito entre o governo e o poder judicial sobre a mesma, bem como o regresso da guerra em Gaza.
O Parlamento israelita aprovou hoje o Orçamento do Estado (OE), medida que reforça a coligação governamental de Benjamin Netanyahu.
A aprovação do OE pelo Parlamento dá também a Netanyahu maior apoio, mesmo com a pressão pública a aumentar devido à guerra em Gaza.
A votação do orçamento foi vista como um 'teste chave' para a coligação de Netanyahu, que integra partidos ultranacionalistas e ultraortodoxos.
Por lei, o Governo cairia e seriam convocadas eleições se o orçamento não fosse aprovado até 31 deste mês.
Com a aprovação do orçamento, Netanyahu ganha um ano de tranquilidade política que poderá levar o seu governo até ao fim do mandato, em finais de 2026.
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