O ministro Israel Katz visitou hoje, com o vice-chefe do Estado-Maior General Tamir Yadai, a Divisão de Gaza do Exército israelita, onde aprovou os novos planos operacionais.
"O nosso principal objetivo é agora o regresso de todos os reféns a casa. Se o Hamas persistir na sua recusa, pagará um preço cada vez maior, com a ocupação de territórios e desmantelamento de operações terroristas e infraestruturas até ser completamente derrotado", disse Katz, de acordo com comunicado do seu gabinete.
O objectivo da visita, afirmou o ministro, foi "observar de perto os combates e a preparação das tropas israelitas no terreno, em preparação para o subsequente processo de tomada de decisões".
Na passada sexta-feira, Katz ordenou ao exército que tomasse mais território em Gaza e ameaçou o Hamas com a anexação da Faixa a Israel se o movimento islâmico não libertasse os reféns restantes, 59 entre vivos e mortos.
"Quanto mais o Hamas mantiver a sua rejeição, mais território perderá, que será anexado a Israel", disse na altura.
O exército israelita quebrou há uma semana o cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, retomando os bombardeamentos e as incursões militares em Gaza, fazendo quase 800 mortos, de acordo com as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas.
O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) informou hoje que mais de 120.000 palestinianos foram deslocados pelos bombardeamentos israelitas desde o reatamento da guerra, e que estão em vigor ordens de evacuação para pelo menos mais 100.000 pessoas na parte norte do enclave.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, que em poucas horas fez perto de 1.200 mortos, sobretudo civis.
Mais de 50.000 pessoas já morreram na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita, segundo as autoridades de saúde do Hamas no enclave palestiniano.
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