Israel ameaça aumentar pressão sobre Gaza se reféns não forem libertados

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ameaçou hoje intensificar ainda mais a pressão sobre a Faixa de Gaza, onde o exército israelita retomou a sua ofensiva militar em 18 de março, se o Hamas persistir em recusar libertar os reféns.

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© NICHOLAS KAMM/AFP via Getty Images

Lusa
26/03/2025 12:57 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Quanto mais o Hamas persistir na sua recusa em libertar os nossos reféns, mais poderosa será a pressão que iremos exercer", disse Netanyahu no Parlamento israelita, em Jerusalém.

 

"Digo ao Hamas: isto inclui a tomada de territórios, bem como outras medidas que não vou detalhar aqui", acrescentou Netanyahu, que falou durante uma sessão plenária do Parlamento convocada pela oposição.

Em 21 de março, o Ministro da Defesa do país, Israel Katz expressou-se nestes termos, afirmando que quanto mais o movimento islamita palestiniano se recusar a entregar os reféns, mais território Israel anexará.

Embora o pretexto para o debate parlamentar tenha sido o aumento da criminalidade na sociedade israelo-árabe, os deputados usaram-no para discutir as últimas polémicas do Governo, incluindo a demissão do chefe do Shin Bet (serviço de informação interna), Ronen Bar.

"Talvez, por uma vez, poderiam tentar respeitar a vontade do povo? Talvez poderiam deixar de alimentar a sedição, o ódio e a anarquia nas ruas?", disse Netanhyahu aos representantes da oposição" durante a sessão acesa no Parlamento.

"A democracia não está em perigo, o mandato dos burocratas está em perigo. Os esgotos do Estado estão em perigo", denunciou o primeiro-ministro, usando estes termos após o seu embate com o poder judicial [tanto o Supremo Tribunal como o Procurador-Geral] devido à demissão de Bar.

"Israel é uma democracia e vai continuar sendo", disse ainda Netanyahu.

Nos últimos dias, Israel enfrentou uma onda de protestos motivados sobretudo pela polémica demissão do chefe do Shin Bet e pelas exigências do regresso dos 59 reféns israelitas ainda mantidos na Faixa de Gaza, após Israel ter reiniciado as operações militares na Faixa de Gaza em 18 de março.

Além disso, esta semana, a aprovação do Orçamento de Estado, criticado pelos manifestantes, juntou-se a estes motivos.

Estas manifestações concentraram-se em torno da residência de Netanyahu em Jerusalém ou do Parlamento. No sábado, dezenas de milhares de pessoas protestaram em Telavive.

"Não nos vão parar, não nos vão parar. A tirania da pequena minoria não triunfará sobre a vontade da vasta maioria", afirmou hoje Netanyahu.

"Falhou em manter a segurança no dia 07 de outubro - dia do ataque do Hamas, no qual os militantes islamitas mataram quase 1.200 pessoas e raptaram outras 251 -, agora falhou na gestão da economia e faz tudo o que é o possível para transferir a responsabilidade para outros", declarou o líder da oposição, Yair Lapid, acusando Netanyahu diretamente na sessão plenária.

"Sabe a verdade, sabe também porque têm tanto medo de uma comissão de inquérito (sobre o 07 de outubro) que exporia não só as suas falhas e do seu governo face ao massacre, mas também o seu fraco desempenho e do seu governo desde o início da guerra", afirmou no parlamento o líder da Unidade Nacional, Benny Gantz, que serviu no gabinete que comandou a guerra até se demitir.

Leia Também: Polícia israelita detém 6 manifestantes em protesto contra governo

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