Rubio adverte Caracas que atacar Guiana será "erro" e "não acabará bem"

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, advertiu hoje a Venezuela de que atacar militarmente a Guiana será "um grande erro" e "não acabará bem", expressando apoio a Georgetown na sua disputa territorial com Caracas.

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© Kevin Dietsch/Getty Images

Lusa
27/03/2025 20:25 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Venezuela

"Será um dia muito mau para o regime venezuelano se atacar a Guiana ou a ExxonMobil. Será um dia muito mau, uma semana muito má para eles [os venezuelanos] e não acabará bem", declarou Rubio numa conferência de imprensa em Georgetown, ao lado do Presidente guianês, Irfaan Ali.

 

"Temos uma grande Marinha, que pode chegar a quase qualquer lugar, em qualquer ponto do mundo. E temos compromissos em vigor com a Guiana", disse o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, acrescentando que não entraria em detalhes sobre o que o seu país faria no caso de um ataque venezuelano à Guiana.

Marco Rubio insistiu que, se o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tomasse tal atitude, seria "uma decisão muito má, um grande erro para eles".

"As ameaças regionais assentam em reivindicações territoriais ilegítimas de um regime narcotraficante. E quero ser franco, haverá consequências para as ações agressivas. E é por isso que a nossa cooperação nesta matéria será importante", sublinhou.

O secretário de Estado norte-americano indicou que esta cooperação é uma parte necessária da relação dos Estados Unidos com a Guiana, uma vez que o país sul-americano enfrenta "um desafio muito difícil, com um ditador que faz reivindicações territoriais ilegítimas".

"Por isso contam com o nosso total compromisso e apoio. Hoje, demonstrámo-lo de forma tangível e procuraremos formas de o fazer a longo prazo", afirmou, referindo-se a um memorando para reforçar a cooperação em matéria de segurança assinado durante a sua visita.

Sobre este apoio norte-americano na sua crise com a Venezuela, Ali declarou: "Estou muito satisfeito com a confiança dos Estados Unidos em garantir a salvaguarda da nossa integridade territorial e soberania".

"A nossa cooperação e o nosso empenho conjunto na proteção desta região contra qualquer força perturbadora são fundamentais para a manutenção da democracia e do respeito pelo Estado de Direito", acrescentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Ivan Gil, já reagiu às advertências do secretário de Estado norte-americano na Guiana, classificando-as como "fanfarronice".

"Marco Rubio não nos surpreende. Conhecemos o velho cenário de ameaças e fanfarronice com que um homem complexado pretende assustar povos soberanos", escreveu Yvan Gil nas redes sociais.

A Guiana e a Venezuela mantêm uma disputa pelo território de Essequibo, rico em petróleo e recursos naturais, administrado por Georgetown e reivindicado por Caracas.

A tensão exacerbou-se desde que a Venezuela anunciou que vai eleger um governador para Essequibo nas suas eleições regionais de maio.

No início deste mês, uma patrulha militar venezuelana passou cerca de quatro horas na secção do Bloco Stabroek, onde opera a empresa petrolífera norte-americana ExxonMobil.

 

ANC // JH

Lusa/Fim

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