Egito pede partilha de responsabilidades para enfrentar fluxos migratórios

O ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelaty, pediu hoje "partilha de responsabilidades" para lidar com o fluxo de migrantes do norte e leste de África, numa altura em que as guerras na região provocaram deslocações em massa.

Notícia

© Getty Images

Lusa
09/04/2025 10:17 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Migrações

"O Egito continua a defender a importância da cooperação internacional, bem como a responsabilidade e a partilha de responsabilidades", disse Abdelaty durante a abertura da segunda reunião do Processo de Cartum, um fórum sobre migração entre a União Europeia (UE) e a União Africana (UA), a decorrer no Egito.

 

O Ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio sublinhou que a migração deve ser abordada coletivamente, pelo que apelou ao "apoio internacional para reforçar as capacidades dos países em desenvolvimento e abordar as desigualdades económicas" das nações africanas.

"O Egito não tem poupado esforços para combater a migração irregular e ilegal nos últimos anos", sublinhou Abdelaty, adiantando que, desde setembro de 2016, "nenhum barco com migrantes ilegais" entrou numa cidade costeira egípcia.

Neste sentido, reiterou que o país do Norte de África acolhe "mais de 10 milhões de pessoas, incluindo migrantes, refugiados e requerentes de asilo de 133 países", permitindo-lhes "liberdade de circulação e acesso a todos os serviços, incluindo os subsidiados pelo Governo, apesar dos recursos nacionais limitados e do número crescente de novos migrantes".

Desde o início da guerra no Sudão, em abril de 2023, mais de 12,5 milhões de pessoas foram forçadas a fugir das suas casas, e quase quatro milhões procuraram refúgio em países vizinhos, como o Egito, que acolhe cerca de 1,5 milhões de refugiados sudaneses.

O país acolheu também dezenas de milhares de palestinianos da Faixa de Gaza e, na última década, foi o ponto de chegada de milhões de pessoas que fugiam das guerras na Síria, no Iémen e em vários países africanos.

Por sua vez, o comissário europeu para os Assuntos Internos e Migração, Magnus Brunner, afirmou, durante o seu discurso, que "a migração continua a ser uma das grandes oportunidades" e não "uma ameaça", já que "pode contribuir para a formação de profissionais".

"Isto pode ter repercussões positivas para a União Europeia e para os seus parceiros em África, e pode também forjar laços duradouros entre as nossas nações, promovendo a paz e a cooperação económica. E, na minha opinião, pode gerar crescimento tanto para os países de origem como para os de destino", afirmou.

Brunner sublinhou ainda a necessidade de promover a mobilidade laboral para "combater implacavelmente o tráfico de migrantes", que, segundo considerou, "é a principal causa da migração irregular e uma fonte constante de sofrimento para inúmeras vítimas" todos os anos.

Leia Também: França, Egito e Jordânia defendem Gaza entregue à Autoridade Palestiniana

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas