Pedida prisão preventiva na Suécia para suspeito de espiar uigures para a China

Um homem suspeito de espionagem agravada para a China de membros da comunidade uigur na Suécia foi hoje colocado em prisão preventiva a pedido de um procurador sueco.

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Lusa
09/04/2025 15:46 ‧ há 2 semanas por Lusa

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Suécia

"O homem é suspeito de ter ilegalmente recolhido, para os serviços secretos chineses, informações sobre pessoas da comunidade uigur", declarou o procurador encarregado do caso, Mats Ljungqvist, citado num comunicado.

 

O procurador indicou ainda que, por "o caso ser muito sensível e se encontrar numa fase preliminar da investigação", não podia "por enquanto, fornecer mais informações".

A audiência para sujeitar o suspeito à medida de coação de prisão preventiva decorrerá durante a tarde de hoje no tribunal de Solna, um município a norte de Estocolmo.

O homem, nascido a 08 de abril de 1967, foi detido no domingo e necessita de um intérprete de mandarim, segundo documentos judiciais citados pela agência de notícias francesa AFP.

Há outro suspeito neste caso, mas não foi pedida a sua prisão preventiva.

A espionagem de refugiados, ou atividade ilegal dos serviços secretos contra pessoas - o crime de que o homem é suspeito -- consiste em operações dos serviços secretos que visam opositores políticos ou outros grupos minoritários presentes na Suécia, segundo o 'site' dos serviços secretos suecos (Säpo).

"Este tipo de espionagem é frequentemente praticado por Estados autoritários e não-democráticos", precisa o Säpo.

O Ministério Público proibiu as partes envolvidas de comentar o caso, disse à AFP o advogado do suspeito, Nils Hillert.

Os uigures, muçulmanos sunitas, são o principal grupo étnico de Xinjiang (noroeste da China) e uma minoria perseguida por Pequim.

As autoridades chinesas são acusadas de manter encarcerados mais de um milhão de uigures e outros muçulmanos na sua região, o noroeste da China, no âmbito de uma campanha de "reeducação" que, segundo a ONU, pode constituir "crime contra a humanidade".

A China nega tais acusações, afirmando que as suas políticas permitiram erradicar o extremismo em Xinjiang e promoveram o desenvolvimento económico.

Leia Também: Três empresas chinesas alvo de queixa em França por ligação a genocídio

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