A comissão parlamentar de inquérito está agendada para 14 de maio às 17h00 (16h00 de Lisboa), anunciou a deputada socialista Fatiha Keloua Hachi.
Durante uma conferência de imprensa na Assembleia Nacional francesa, a comissão de inquérito anunciou igualmente que pretende encontrar-se, em maio, com outros ministros, incluindo a ministra da Educação, Elisabeth Borne, e alguns dos antecessores, Nicole Belloubet, Jean-Michel Blanquer, Pap Ndiaye e Ségolène Royal.
Também o atual ministro da Justiça, Gérald Darmanin, será ouvido pela comissão.
Acusado pela esquerda de ter mentido sobre as violências e agressões sexuais no liceu de Bétharram, no sudoeste de França, Bayrou negou quaisquer mentiras, falando de "polémicas artificiais".
"Penso que François Bayrou mentiu", disse o deputado da França Insubmissa (LFI, esquerda radical) e correlator da comissão Paul Vannier, na sequência da audição de um antigo polícia, de acordo com o qual um magistrado lhe falou de "uma intervenção" de Bayrou quando investigava as acusações de violação contra um clérigo da instituição em 1998.
Vannier indicou que estas declarações "contradizem ponto por ponto" as declarações feitas pelo atual chefe de Governo sobre o assunto.
Após a convocatória, a comitiva do primeiro-ministro confirmou à agência de notícias France-Presse que Bayrou vai comparecer perante a comissão.
Desde o início de fevereiro, Bayrou foi acusado por várias testemunhas de ter sido alertado para atos de violência cometidos em Notre-Dame de Bétharram e acusado de ter minimizado o conhecimento do caso perante os deputados.
"Não há elementos novos (...) apresentei todos os factos sobre este caso", afirmou Bayrou à imprensa em 13 de março.
A procuradoria de Pau, localidade onde François Bayrou mantém o cargo de presidente da câmara, está a investigar mais de uma centena de queixas sobre o caso do liceu de Bétharram, onde os alunos já se queixam de abusos físicos e sexuais desde os anos 60.
Leia Também: Bayrou critica protestos contra sentença a desfavor de Marine Le Pen