"A reunião abordou os últimos desenvolvimentos relacionados com os esforços do Egito para consolidar o acordo de cessar-fogo e as negociações em curso para lançar a segunda fase do acordo. Foram também discutidos os esforços para apoiar o plano árabe-islâmico para a reconstrução da Faixa de Gaza com atores internacionais", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio num comunicado.
Durante a reunião, à margem do Fórum Diplomático de Antália, que acontece entre hoje e domingo, discutiram também os preparativos para a próxima conferência de reconstrução organizada pelo Egito em cooperação com o Governo palestiniano e as Nações Unidas.
Abdelatty enfatizou a "rejeição categórica" do Egito à deslocação dos palestinianos das suas terras e o seu compromisso em preservar os direitos inalienáveis do povo palestiniano, enfatizando a necessidade de trabalhar para criar o horizonte político necessário para o estabelecimento de um Estado palestiniano independente nas fronteiras de 04 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como a sua capital.
O Egito, um mediador-chave no conflito ao lado dos Estados Unidos e do Qatar, está envolvido em intensas negociações para pressionar Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas a chegar a um acordo de cessar-fogo.
Esta semana, apresentou às partes uma nova proposta de cessar-fogo até 70 dias em troca da libertação de oito reféns vivos e da entrega de oito corpos, disseram fontes palestinianas à agência de notícias EFE.
Abdelatty participará ainda na reunião do Grupo de Contacto sobre Gaza, que terá lugar durante a quarta edição do Fórum Diplomático de Antália.
Este fórum, com uma ampla participação de líderes árabes, abordará questões regionais, assim como a necessidade de restaurar o papel das organizações internacionais e regionais na resolução de crises, como a guerra de Israel na Faixa de Gaza.
Israel iniciou operações militares na Faixa de Gaza após o Hamas ter invadido o seu território em 07 de outubro de 2023 e provocado mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.
As autoridades de Gaza, onde o Hamas está no poder desde 2007, estimam que quase 50.850 palestinianos morreram como resultado da ofensiva militar de Israel contra o enclave.
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