Dmitri Peskov, citado pela agência noticiosa Ria Novosti, confirmou a chegada de Witkoff a Moscovo, mas não revelou a agenda do enviado dos Estados Unidos.
Peskov não confirmou a eventual realização de um encontro entre o enviado norte-americano e o chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin.
Por outro lado, o diretor do Serviço de Informações Externas da Rússia (SVR), Serguei Narychkin, disse hoje que as discussões entre Moscovo e Washington vão continuar sobre "várias questões", incluindo trocas de prisioneiros entre os Estados Unidos e a Rússia.
Steve Witkoff tem estado envolvido nas discussões em torno do conflito na Ucrânia, mas é também o enviado do Presidente norte-americano para o Médio Oriente.
No sábado, Witkoff é esperado no sultanato de Omã para conversações sem precedentes com o Irão, país próximo de Moscovo mas com o qual Washington não mantém relações diplomáticas há 45 anos.
A visita de Steve Witkoff à Rússia ocorre também na sequência de uma troca de prisioneiros entre Washington e Moscovo e de uma ronda de discussões, em Istambul, sobre o funcionamento das missões diplomáticas, pela segunda vez desde que Donald Trump regressou à Presidência, em janeiro.
Steve Witkoff elogiou Vladimir Putin numa entrevista publicada em março afirmando que o Presidente russo não era "um mau homem".
O enviado norte-americano já se encontrou com Putin duas vezes.
Em março, Witkoff deslocou-se à Rússia para discutir uma proposta norte-americana para um cessar-fogo na Ucrânia.
Mesmo assim, Vladimir Putin não ficou convencido e a proposta de tréguas de 30 dias, aceite pela Ucrânia, nunca se concretizou.
Donald Trump apenas conseguiu obter do homólogo russo uma moratória sobre os ataques às instalações de produção e de armazenamento de energia, mas Kiev e Moscovo têm-se acusado mutuamente de prosseguirem os ataques.
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