Rússia disponível para ajudar num acordo para a questão nuclear iraniana

A Rússia manifestou-se hoje disponível para ajudar a encontrar uma solução diplomática para a questão nuclear iraniana, alguns dias antes de novas conversações entre o Irão e os Estados Unidos.

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© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images

Lusa
16/04/2025 12:10 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Nuclear

"A Federação Russa continua disposta a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para contribuir para a resolução da situação em torno do programa nuclear iraniano por meios políticos e diplomáticos", declarou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov.

 

"Estamos prontos a fazer tudo o que depender de nós", acrescentou Peskov durante uma conferência de imprensa, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A declaração do Kremlin surge no momento em que o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, é esperado em Moscovo para discutir as conversações entre o Irão e os Estados Unidos, antes de uma nova ronda de negociações com Washington no sábado.

Araghchi anunciou hoje que vai a Moscovo falar sobre as conversações com Washington e entregar uma carta do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, ao Presidente russo, Vladimir Putin.

O Irão e os Estados Unidos, que não mantêm relações diplomáticas desde 1980, mantiveram conversações no sábado passado, sob a mediação do sultanato de Omã, sobre a questão do programa nuclear iraniano.

A Rússia é um dos principais aliados do Irão e os dois países assinaram em janeiro um acordo de parceria estratégica global, que não significa uma aliança militar.

Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, há muito que suspeitam que o Irão pretende adquirir armas nucleares.

Teerão rejeita as alegações e defende ter o direito à energia nuclear para fins civis, nomeadamente energéticos.

A Rússia é um dos membros de um acordo nuclear celebrado com o Irão em 2015, mas que caducou quando Donald Trump decidiu retirar os Estados Unidos do pacto em 2018, no primeiro mandato como presidente (2017-2021).

A França, o Reino Unido, a China e a Alemanha também fazem parte do acordo.

O pacto limitava o programa nuclear do Irão em troca do levantamento das sanções económicas.

Com a saída do acordo, Trump restabeleceu as sanções contra a República Islâmica.

Desde que regressou à Casa Branca (presidência), em janeiro, Trump tem apelado ao Irão para negociar um novo texto e ameaçado bombardear o país se a diplomacia falhar.

Leia Também: Irão exclui negociar enriquecimento de urânio

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