"Uma operação multidisciplinar conduzida pela Direção de Investigação de Crimes Prioritários, conhecida como Hawks, resultou no resgate bem-sucedido (...) de um cidadão norte-americano de 45 anos que tinha sido alegadamente raptado e mantido numa casa segura em KwaMagxaki", na cidade de Gqeberha, no sudeste da África do Sul, anunciou a polícia num comunicado.
Segundo a polícia, quando os agentes de diferentes unidades policiais se aproximaram da casa, observaram um veículo no interior do qual se encontravam os suspeitos, que tentaram fugir e abriram fogo.
"Os agentes responderam com precisão tática, resultando num tiroteio de alta intensidade em que três suspeitos não identificados foram mortos", declarou a polícia, referindo que o missionário foi encontrado ileso dentro do mesmo veículo e que está atualmente bem após ter sido examinado por pessoal médico.
Os raptores, que também roubaram pelo menos dois telemóveis, exigiram um resgate pelo missionário.
O pastor, Josh Sullivan, cidadão norte-americano que chegou à África do Sul com a sua família do Tennessee, Estados Unidos, em novembro de 2018, para abrir uma igreja para pessoas de língua Xhosa, de acordo com o seu 'website' pessoal, estava a dirigir um serviço religioso com cerca de 30 pessoas, incluindo a mulher e filhos, quando os raptores entraram na igreja batista e o levaram à força.
Segundo o Instituto de Estudos de Segurança (ISS, na sigla em inglês), um grupo de reflexão especializado em África, o rapto tornou-se uma tática fundamental nos assaltos à mão armada e nos roubos de automóveis.
Num relatório do ISS sobre África, é divulgado que menos de 5% dos raptos na África do Sul envolvem pedidos de resgate.
A criminalidade é um problema grave na África do Sul, onde cerca de 6.953 pessoas foram mortas entre outubro e dezembro do ano passado, menos quase 10% do que no mesmo período de 2023, segundo os últimos dados oficiais.
Os raptos, sobretudo por grupos criminosos que visam pessoas a quem podem ser exigidos elevados resgates, aumentaram 264% no país na última década, passando de 4.692 entre 2014 e 2015 para mais de 17.000 entre 2023 e 2024.
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