Chade assina acordo de paz com milícia e põe fim a conflito na em Miski

As autoridades chadianas concluíram hoje um acordo de paz com uma milícia em Tibesti (norte do país), pondo fim a vários anos de instabilidade na cidade mineira de Miski, segundo a agência de notícias da France-Presse (AFP).

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Lusa
21/04/2025 00:01 ‧ ontem por Lusa

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Chade

O acordo assinado pelo mediador da República, Saleh Kebzabo, prevê uma amnistia geral para os membros das forças de defesa e segurança chadianas e do comité de autodefesa de Miski que participaram nos confrontos durante o período 2019-2020.

 

Outro ponto importante do acordo é o cancelamento de todas as licenças de exploração mineira e a suspensão de todas as atividades mineiras em Miski e arredores, enquanto se aguardam as conclusões dos estudos cartográficos.

Miski, situada a cerca de 200 quilómetros de Bardai, a capital da província de Tibesti, no extremo norte do Chade, é uma zona cujo subsolo é rico em depósitos de ouro.

Há vários anos que esta zona aurífera é defendida por um comité de autodefesa que impede o acesso do Estado à zona para explorar os recursos do subsolo.

"Desta vez, acreditamos no acordo e cabe às duas partes honrar o seu compromisso", declarou o presidente do comité de autodefesa, Djimet Chava.

"Mesmo que haja um bloqueio, estamos decididos a negociar em vez de recorrer à violência", acrescentou, na cerimónia de assinatura.

Um primeiro acordo foi assinado em novembro de 2019 entre o Governo de Idriss Deby Itno, já morto, e o Comité de Autodefesa de Miski, mas nunca foi aplicado.

Nessa altura, várias das principais reivindicações dos habitantes locais não tinham sido satisfeitas, incluindo a questão da extração de ouro, que esteve na origem da sua revolta.

"Em 08 de janeiro de 2023, o Governo do Marechal Mahamat Idriss Deby Itno (que sucedeu ao pai à frente do Chade) assinou um novo acordo com o mesmo comité. Mas o Governo não respeitou as cláusulas", disse à AFP um membro do comité, que pediu o anonimato. "Este deve ser o último acordo e as duas partes devem ter a vontade de o respeitar", disse ainda.

Desde que o Chade se tornou independente de França, em 1960, o Tibesti tem atraído a cobiça de inúmeros garimpeiros ilegais, não só do Chade, mas também do Sudão e de outros países africanos, bem como dos militares.

Leia Também: Número de mortos em motim de prisão no Chade sobe para 11

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