Chefes de Estado e de Governo africanos lamentaram hoje a morte do Papa Francisco, a quem reconheceram o seu compromisso para com os mais vulneráveis, a sua luta pela inclusão, justiça e promoção da paz:
Samia Suluhu (Presidente da Tanzânia): Descreveu o Papa Francisco como um "professor e líder" que "ensinou e inspirou o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas". Suluhu destacou os esforços do pontífice na promoção da paz e transmitiu as suas condolências aos fiéis católicos na Tanzânia e em todo o mundo.
Faure Gnassingbé (Presidente do Togo): Elogiou o pontífice como um "incansável artesão da paz, da justiça e da fraternidade", afirmando que deixa uma "marca profunda" na humanidade. "O seu compromisso com os mais vulneráveis e o seu apelo constante à dignidade humana ficarão gravados na nossa memória", disse Gnassingbé na rede social X.
Évariste Ndayishimiye (Presidente do Burundi): Expressou as suas condolências à Igreja Católica e recordou a mensagem de fé e humanidade que o Papa transmitiu durante a sua visita ao Vaticano em março de 2022.
Hakainde Hichilema (Presidente da Zâmbia): Recordou o Papa como um homem de "grande humildade e compaixão", que conduziu a Igreja Católica "pelo seu exemplo".
William Ruto (Presidente do Quénia): Destacou a liderança do pontífice na Igreja Católica, bem como a sua humildade, o seu "empenho inabalável" na inclusão e na justiça e a sua "profunda compaixão" pelos mais vulneráveis. "As suas fortes convicções éticas e morais inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente da sua fé ou origem", afirmou Ruto nas redes sociais.
Brice Clotaire Oligui Nguema (Presidente do Gabão): Enviou as suas "sinceras condolências a toda a comunidade católica do Gabão e de outros países" e declarou nas redes sociais que a mensagem do Papa de fé, paz e humildade "continuará a ser uma fonte de inspiração".
Abiy Ahmed (primeiro-ministro da Etiópia): Manifestou a esperança de que o legado de "compaixão, humildade e serviço à humanidade" do Papa continue a inspirar as gerações futuras.
Félix Tshisekedi (Presidente da República Democrática do Congo): Saudou o "compromisso inabalável" para com a paz do Papa Francisco e prestou uma "homenagem solene à memória deste grande servo de Deus, cuja vida foi um testemunho vibrante de fé, humildade e compromisso inabalável com a paz, a justiça e a dignidade humana".
Bassirou Diomaye Faye (Presidente do Senegal): Declarou que o "mundo perdeu uma grande figura espiritual". "Através do seu compromisso com os mais vulneráveis e do seu constante apelo ao diálogo entre os povos e as religiões, ele encarnou uma esperança viva para milhões de crentes e pessoas de boa vontade", referiu o chefe de Estado na rede social X.
Ahmed Bola Tinubu (Presidente da Nigéria): Relembrou a "voz poderosa" do Papa na sua ação contra as alterações climáticas. "Hoje, com o coração pesado, associo-me aos fiéis católicos e aos cristãos de todo o mundo no luto pela perda do Papa Francisco", afirmou o chefe de Estado desta nação com 100 milhões de fiéis católicos.
Alassane Ouattara (Presidente da Costa do Marfim): Referiu, através das redes sociais, o compromisso do Papa "para com os mais vulneráveis e o seu desejo de construir um mundo em paz, mais equitativo e respeitador do ambiente".
John Dramani Mahama (Presidente do Gana): Recordou o "legado de compaixão, humildade e empenho na justiça social" do Papa, que, segundo Mahama, "continuará a inspirar gerações".
Lazarus Chakwera (Presidente do Malaui): Referiu estar profundamente triste com o falecimento "do Papa Francisco, o 266.º Pontífice", que teve "a honra de conhecer no Vaticano há nove meses". O Presidente desta nação vizinha de Moçambique disse ainda que o falecimento do Santo Padre deixa um "legado de fé, compaixão, amor e serviço, promovendo a paz, a justiça e a unidade".
Julius Maada Bio (Presidente da Serra Leoa): Desejou que a alma do Santo Padre "encontre a paz eterna" e desejou as sinceras condolências a toda a comunidade católica, por este "momento difícil".
África representa 20% dos 1,4 mil milhões de católicos do mundo, segundo os dados do gabinete de estatística do Vaticano.
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
[Notícia atualizada às 15h34]
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